"Estamos parados desde a tarde de ontem (terça-feira, 7) e não sabemos quando vamos voltar", disse o mecânico industrial Valdemar Zamuner.
Segundo ele, essa é a terceira enchente do ano - as duas anteriores foram em janeiro -, mas a primeira no mês de junho desde 1983. Toda a parte baixa do rio, que corta o centro da cidade, estava alagada.
A conferente Natália Domingues arregaçou a calça e enfrentou a inundação para chegar em casa, na Rua Tenente Gelás. As águas cobriram a ponte que liga a cidade ao bairro Santa Cruz. "Do lado de lá, tem muita gente ilhada, pois essa é a única ligação com o centro", disse.
No bairro São Pedro, castigado pela enchente, duas residências foram interditadas e as famílias removidas para a casa de parentes.
Outras cidades
Em Salto, o Rio Tietê cobriu parte da Rua 24 de Outubro, interditando o acesso ao estádio do Avenida. Algumas famílias se negaram a sair das casas e permaneciam ilhadas. De acordo com o aposentado Bruno Pavani, na terça-feira a Defesa Civil alertou os moradores sobre o risco de inundação. O complexo turístico da cachoeira, onde fica o Memorial do Rio Tietê, estava interditado. As águas passavam sob a Ilha dos Amores, uma das atrações.
Em Porto Feliz, a água atingiu ruas e casas do Jardim Vante, na área ribeirinha. Em Barra Bonita, a abertura das comportas da hidrelétrica de mesmo nome elevou o nível do rio e as águas invadiram a Avenida Pedro Ometto, na orla do Tietê..