Rafael Moia Filho
Bauru – SP
"Depois das reuniões no MEC de pastores sem vínculo com o governo e a pasta, entrega de ‘Bíblias’ com fotos de candidatos pelo ex-ministro e de ter se tornado um balcão de negociatas, nada aconteceu no MEC. Envergonhado, constrangido por ter sido descoberto, Milton Ribeiro pediu para sair de cena. Ainda bem, porque se dependesse de Bolsonaro ele permaneceria prestigiado no cargo.
Agora, o país fica sabendo do novo escândalo no MEC. Uma licitação bilionária do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que prevê a compra de ônibus escolares com preços inflados. O alerta partiu de instâncias de controle e da própria área técnica do fundo. Segundo consta, o governo aceita pagar até R$ 480 mil por um ônibus que, na verdade, custa no máximo R$ 270,6 mil. Uma diferença de R$ 209.400 por veículo adquirido pelo MEC. Os recursos sairão de um programa destinado a atender crianças da área rural, que precisam caminhar a pé quilômetros em estradas de terra para chegar à escola. Para um presidente que diz não haver corrupção em seu governo, fico imaginando como seria se houvesse."