O parlamentar ainda questiona a capacidade administrativa da presidente. "A baixa execução do PAC é decorrente de incapacidade gerencial por parte do governo na execução das obras", disse. O balanço que os tucanos fizeram do PAC destaca ainda os atrasos na execução de projetos ligados à saúde. Informa que das 24 unidades orçamentárias do PAC no primeiro semestre a de menor execução foi a da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com pagamentos autorizados de 0,01% dos R$ 863 milhões previstos. E destaca ainda que não foi feito em 2011 nenhum pagamento que seria destinado à construção de unidades básicas de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). "Na campanha, Dilma prometeu construir 500 dessas unidades", destaca o informativo.
O boletim tucano foi baseado em estudo feito por técnicos do partido e, além do PAC, analisa também a inflação, a carga tributária e o atraso nas obras para a Copa do Mundo de 2014. "A inflação estourou o teto e estamos com juros altíssimos, endividamento da sociedade e baixa capacidade de investimento. Temos que sair dessas armadilhas. No caso do governo, sair do discurso para a prática", avaliou Nogueira.
Corrupção
O Diário Tucano aborda também as crises políticas e os casos de suspeita de corrupção pelos quais passou o governo Dilma nos seis primeiros meses de gestão. A publicação retoma o caso dos aloprados, que coloca em suspeita o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; as acusações de cobrança de propina no Ministério dos Transportes, que derrubaram o ministro Alfredo Nascimento; a crise em torno da queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que multiplicou por 20 seu patrimônio em quatro anos; e novas falhas detectadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em janeiro.
De acordo com o informativo, os escândalos paralisam ações do governo e envolvem "antigos colaboradores de Lula". Nogueira ainda critica o atraso nas obras para a Copa de 2014 e o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as construções para o mundial de futebol e os Jogos Olímpicos de 2016. O dispositivo, instituído pela Medida Provisória 527, mantém o sigilo dos preços das obras durante a licitação para tentar evitar conluio entre os concorrentes. "Isso dará oportunidade para gastar mais do que o previsto", afirmou.