Ao lembrar que o projeto original (PLS 121/2007) que regulamenta Emenda 29 é do Senado, de autoria do ex-senador Tião Viana, Sarney excluiu a hipótese de a Casa voltar a modificar o texto. "O Senado não pode fazer nenhuma modificação porque o projeto inicial foi do Senado. Aqui nós já votamos esse texto. A Câmara dos Deputados funcionou como câmara revisora. Ela o alterou. Nesse momento da tramitação da matéria, o que nós podemos fazer é retirar os acréscimos que a Câmara fez. Nós não podemos modificar projeto original, porque não há esse mecanismo de voltar à Câmara", explicou.
Sarney disse ainda que a discussão das propostas da reforma política "levam a efeito" a ideia, lançada no início do ano, de o Senado fazer votações temáticas. "Estamos justamente executando isso, cumprindo os prazos de interstício com as propostas de emendas constitucionais que já foram votadas pela Comissão de Constituição e Justiça. O prazo que temos é o dia 5 de outubro. Aí nós esgotamos os interstícios previstos pelo regimento. A partir desse momento então podemos votar essas emendas", explicou.
Nesta terça-feira, transcorreu em Plenário o primeiro dia de discussão, em primeiro turno, de três propostas de emenda à Constituição (PECs 37, 38 e 42, todas de 2011) que tratam da reforma política, além da PEC 63/2011, que estende até 31 de dezembro de 2012 o prazo para estados e municípios aderirem ao regime de pagamento especial de precatórios estabelecido pela Emenda Constitucional 62/2009.