Maria de Lourdes afirma que não cabe a ela, mas sim ao Ministério Público Federal, perguntar ao Coaf o nome do servidor. Por isso, ela encaminhou hoje ofício ao Coaf em que pergunta se, quando identificou a movimentação atípica, o órgão informou ao TRT-RJ. Maria de Lourdes também enviou ofício ao Ministério Público Federal pedindo que, caso ainda não esteja investigando o caso, comece a fazer isso imediatamente. "Não tenho conhecimento de nenhum funcionário do TRT-RJ que tenha sido preso desde 2002, nem o Tribunal foi comunicado sobre qualquer movimentação atípica (de dinheiro por seus funcionários)", afirmou Maria de Lourdes, que não pretende tomar qualquer medida judicial contra Damous.
O presidente da OAB-RJ afirmou que não fez acusações genéricas, mas cobrou o fim do sigilo de informações que podem envolver dinheiro público. "Pode ser que não haja nenhuma irregularidade na movimentação do dinheiro por esse funcionário, mas é preciso vir a público e esclarecer", afirmou. "A presidente do TRT está em um momento infeliz, mas agir com falta de respeito e criar uma relação tensa com a OAB não ajuda em nada", disse. A OAB-RJ também emitiu dois ofícios hoje: ao Coaf pediu o nome e outras informações sobre o servidor; ao Ministério Público Federal, solicitou a investigação do caso. "O TRT tomou providências semelhantes, mas só depois que a OAB-RJ apresentou suas medidas" disse Damous.