No ano passado, o PT aprovou a paridade de gênero que passará a valer na campanha do partido em 2013. Foi o primeiro partido a destinar metade das candidaturas para mulheres como regra e essa “conquista”, de acordo com Benedita, foi alcançada com muita luta, com as mulheres petistas enfrentando a presença majoritária de homens dentro da legenda.
“Esse compromisso dos partidos dos trabalhadores com as divisão igualitária em relação ao gênero não foi uma dádiva, foi porque nós, mulheres petistas, conquistamos. Também estamos discutindo a reforma política, na qual queremos que se tenha uma lista paritária”, destacou a deputada.
Mesmo diante das resistências internas, para a deputada, é necessário reconhecer a atuação do partido nas últimas duas décadas no processo de dar cada vez mais visibilidade às mulheres. “Foi o Partido dos Trabalhadores que primeiro colocou a questão das cotas. Foi por meio da então deputada Marta Suplicy (PT) e de mim, quando era senadora, que se apresentou a política de cotas para mulheres. Hoje, todos os demais partidos já têm essa política”, destacou.
Além da paridade, outra resolução aprovada pelo partido foi o uso de parte do fundo partidário para a formação política de quadros femininos, com mais condições de disputar as eleições. Essa divisão, de acordo com Benedita, tem o objetivo de evitar uma prática comum nas demais legendas, que para cumprir a Lei das Cotas, que exige 30% das vagas de candidaturas para mulheres, acabam lançando candidatas sem condições de disputa.
“Sou candidata para ganhar. Se há 80 anos conquistamos o direito de votar, agora, nós mulheres queremos ser votadas. Isso é um compromisso que a gente tem com as mulheres que lutaram pelo direito ao voto”, disse Benedita que considera os partidos importantes instância de luta feminina. “Não adianta a gente fazer uma luta sem a presença dos homens. Do ponto de vista didático, é importante a luta das mulheres para o amadurecimento de todos”, completou.