A partir de hoje, a região da Esplanada próxima ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) terá segurança reforçada por 500 policiais militares.
A coordenação da segurança externa ficará a cargo do 6º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, que já é responsável pela Esplanada e também deve organizar o trânsito na região. Diversas unidades da PM foram convocadas para atuar no local, inclusive o Batalhão de Choque.
Na parte interna do STF, a segurança terá o reforço do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal e o efetivo habitual de vigilantes do Supremo será ampliado em 50%. A participação da Força Nacional de Segurança ainda não foi confirmada, mas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já havia colocado a tropa à disposição do presidente da Corte, Carlos Ayres Britto.
Limpeza
Funcionários do Supremo Tribunal Federal (STF) trabalharam ontem na limpeza da sede do órgão para receber os advogados, jornalistas e espectadores que irão acompanhar o julgamento do mensalão.
No recesso de julho, o tribunal substituiu alguns tapetes e o plenário passou por uma pequena reforma, com a instalação de luminárias e a colocação de gesso.
Ao longo do dia, grades serão fixadas em frente à Praça dos Três Poderes para que a segurança do STF faça um controle de quem entrará na sede do Supremo.
Argumentos
Confira o que diz Roberto Jefferson sobre o mensalão
Grupo formado por Marcos Valério e empresas seriam responsáveis por comandar desvios de recursos públicos e concessões de benefícios indevidos para lavar dinheiro usado na compra de apoio político
Para a aprovação de projetos de lei, auxiliares do governo teriam corrompido deputados
O esquema era composto por quadrilhas autônomas que atentaram contra o livre exercício do Poder Legislativo
A defesa de Jefferson questiona suposta incoerência da denúncia, alegando que, apesar de aceitar a tese de corrupção de parlamentares por auxiliares do governo para votar projetos de interesse do Planalto, o chefe do Executivo não é mencionado
Jefferson se coloca fora do mensalão porque, segundo sua defesa, o repasse de R$ 4 milhões para o PTB não consistia em apoio político no Congresso, mas doação de campanha para as eleições municipais de 2004
Em nenhum momento da investigação alcançou-se indicação documental ou oral que desminta a versão de Roberto Jefferson, formula a defesa