Caso seja provocado, Haddad argumentará que os governos Lula e da presidente Dilma Rousseff valorizam a democracia, que o caso é uma prova de que as instituições funcionam no País e que o STF dará a palavra final.
A equipe do petista avalia que um ataque pode partir do candidato Carlos Giannazi (PSOL) ou de um dos quatro jornalistas da Band, no terceiro bloco do debate, quando farão perguntas diretas aos postulantes ao cargo.
“Logicamente esse tema vai entrar, não só o mensalão, mas a corrupção e outros escândalos”, disse Giannazi. “Aí vou cobrar do PT o mensalão, a CPI do Cachoeira, o mensalão do DEM, o mensalinho mineiro do PSDB, a privataria tucana do Serra, as máfias da Prefeitura de São Paulo”, acrescentou. “Vou tentar mostrar esse conjunto de denúncias e casos de corrupção que envolvem quase todos os partidos. Vai sobrar pra todo mundo, menos pro PSOL”, completou.
Para Serra e Russomanno, que estão empatados na liderança, segundo a mais recente pesquisa Datafolha, não é interessante veicular as críticas sobre o escândalo da gestão Lula. Como líderes, a estratégia é debater propostas para a cidade e evitar críticas.
Serra também não quer polarizar com Haddad, de modo a não dar visibilidade para o candidato, que precisa de exposição para se tornar mais conhecido entre o eleitor. Os tucanos também avaliam que, se explorarem o assunto, o eleitor pode achar que o mensalão é questão de briga política entre partidos.
Russomanno seguiu a mesma linha: “Vamos discutir os problemas de São Paulo. O povo quer saber como vamos resolver os problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas”.