A defesa de Duda vai argumentar que o publicitário não tem relação com o mensalão, por não estar inserido no esquema de compra de apoio político apontado pela PGU. Além disso, vai alegar que as acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas não procedem, já que o publicitário não teria como saber a origem dos recursos e não ter sido ele, mas o também publicitário Marcos Valério, o responsável do envio do montante para o exterior.
Um trecho das alegações finais entregues pelos advogados ao STF diz que os valores foram "produto de trabalho licitamente prestado", fruto de "contrato formal". "Não existe 'lavagem' de dinheiro limpo", diz o texto. "Duda apenas recebeu o pagamento dos serviços prestados da forma como determinou o contratante, que estava inadimplente", afirma Kakay.
O advogado acrescenta que as transações não foram ocultadas. "As contas foram abertas nos nomes deles (Duda e Zilmar) e as transações foram feitas pessoalmente", diz Kakay. De acordo com ele, a conta aberta por Duda no exterior para receber os valores já foi fechada.