Suspeito de integrar um esquema de fraude em licitações públicas, o ex-assessor do Ministério do Trabalho, Anderson Brito Pereira, se entregou à Polícia Federal (PF) na noite desta segunda-feira. A informação foi confirmada pela superintendência da PF no Distrito Federal. Investigado pela Operação Esopo, Pereira deve ser levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal.
Leia Mais
PF desbarata quadrilha acusada de desviar R$ 400 milhões em licitações de prefeiturasAssessor acusado pela PF de fraudar licitações é readmitido por novo ministroPF desarticula organização criminosa que fraudava licitações em 10 estados e no DF Investigado por desvio de R$ 400 milhões é liberado da prisão em BH Cúpula da Fundação Banco do Brasil cai após denúnciasEx-prefeitos mineiros presos por fraudes em licitações acusam deputadoHistórico de denúncias no MTE tem trazido dor de cabeça para a presidente DilmaMinistro do Trabalho diz que PDT tem 'ficha limpa'Secretário-executivo do Trabalho diz que agiu sob éticaIdeli garante que relações com PDT não estão abaladasNúmero 2 do Trabalho deixa cargo após operação da PFRiesenbeck e o subsecretário de Planejamento do ministério, Antônio Fernando Decnop, foram presos ontem. Outro suspeito de participar do esquema, o secretário-executivo do ministério, Paulo Roberto Pinto, prestou depoimento e foi liberado em seguida
Em nota, o ministério esclareceu que, como o processo tramita em caráter sigiloso, pediu à polícia informações sobre a Operação Esopo. Além disso, solicitou à Advocacia-Geral da União que acompanhe o caso e informou que vai instaurar processos administrativos disciplinares para apurar os fatos. O ministério garantiu que não mantém convênio com a organização não governamental Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania. Os convênios celebrados com municípios e estados que estiverem sendo investigados serão suspensos.
Iniciadas há dois anos, as investigações que culminaram com a deflagração da Operação Esopo constataram indícios de fraude em licitações de prestações de serviços, construção de cisternas, produção de eventos turísticos e de festivais artísticos. Segundo a polícia, o aos cofres públicos chegam a R$ 400 milhões.
Os contratos eram celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público aptas a fazer parceria com o governo, mas os serviços contratados ou eram superfaturados ou simplesmente não eram feitos. Parte do dinheiro recebido pela contratada era repassado a agentes públicos envolvidos no esquema. As fraudes ocorriam em 11 estados – Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Amapá, Paraná, Roraima e Pernambuco – e no Distrito Federal.