Jornal Estado de Minas

RESPOSTA

"Injustos ataques políticos"


 
Com a política de segurança pública do governo federal sob questionamento, por conta de crises nessa área, como a que ocorre na Bahia, o ministro da Justiça, Flávio Dino, reagiu ontem a esses ataques e rebateu argumentos de “tais especialistas”. Ele listou uma série de medidas que sua pasta está tomando para diminuir a criminalidade no país, como redução de armas em circulação e punição de maus policiais.





Dino usou suas redes sociais na tarde deste domingo com uma extensa publicação em defesa da atuação do governo Lula. O ministro afirmou que debate sobre segurança pública exige responsabilidade e classificou como injustos ataques políticos e extremistas. E ressaltou ter maior atenção com sugestões “dos que se declaram especialistas” na área, que utiliza desses profissionais no ministério mas fez suas ponderações.

Para o ministro, a ideia de “federalizar” a segurança pública é absurda. “Claro que não concordamos com teses que nos parecem absurdas, a exemplo da que busca federalizar toda a segurança pública em um país do tamanho do Brasil. Ademais, seria inconstitucional. Segundo tais especialistas, o governo federal pode ultrapassar suas competências constitucionais e impor políticas aos governadores, embora ninguém diga como isso funcionaria”, afirmou Dino, que defende um “diálogo federativo”. 

Segundo ele, outra “tese estranha” é a de culpar as polícias pelos avanços das organizações criminosas nas últimas décadas. Hoje, é o que ocorre na Bahia, estado governado pelo PT há 16 anos.
“É injusto e não é construtivo. Como fazer segurança pública sem as polícias? Ou contra as polícias? No atual momento, com o rumo certo que temos adotado, o desafio demanda pés no chão, serenidade e tempo”.

Nas medidas bem-sucedidas que listou de sua gestão, Dino inseriu o combate aos crime ligados ao Estado Democrático de Direito, como os ataques do 8 de janeiro, o desmonte de garimpos ilegais e a redução do armamentismo desenfreado, ações ilegais ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.