A situação desesperadora do América na luta contra o rebaixamento no Brasileiro novamente deu lugar à esperança após a vitória vital sobre o Bahia por 1 a 0, no Independência. E ficou ligeiramente melhor com o empate do Sport (18º, 39 pontos) com o São Paulo, no Morumbi. Ainda que a calculadora esteja na mão, o time de Givanildo Oliveira só depende de si para conquistar sua principal meta em 2018: basta vencer o concorrente direto, Fluminense, no domingo, às 17h, no Rio, para deixar o grupo dos quatro últimos – a CBF não definiu se o confronto será no Maracanã ou no Estádio da Cidadania, em Volta Redonda.

Depois de assumir o Coelho em situação muito adversa (não vencia havia 11 rodadas), o próprio Givanildo já muda o discurso e se mostra otimista: “Futebol é difícil. Tem hora que é mais difícil que política. Pela situação em que estávamos, a maioria das pessoas dava 95% de chances de sermos rebaixados. Essa vitória (sobre o Bahia) nos deixa vivos, pois não dependemos de mais ninguém”.

Se promete briga em campo, o clube se antecipou à disputa nos bastidores. Hoje os dirigentes do Coelho estarão em reunião com o presidente da CBF, Coronel Nunes. Participarão o presidente Marcus Salum, o superintendente geral, Paulo Assis, além do presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, e do ex-presidente da entidade Castellar Neto.

Há evidente ofensiva para se precaver de problemas com a arbitragem, já que os cariocas também estão ameaçados de rebaixamento.

Derrotar o Flu no Rio não seria novidade para o América nem para Givanildo Oliveira. Em 2011, em outra luta contra a degola, o Coelho venceu o tricolor por 2 a 1, no Engenhão. Mas a vitória se tornou insuficiente para a salvação dos mineiros, que amargaram a queda no ano de seu centenário. Agora, os americanos pretendem se beneficiar do momento irregular do Flu, que não vence há oito partidas pela competição. De acordo com o goleiro João Ricardo, a equipe alviverde chega de ânimo renovado: “Todo o Brasil colocava nosso time como o segundo rebaixado, depois do Paraná, mas conseguimos duas vitórias em quatro jogos que nos colocaram de novo na competição. Ficamos até emocionados. Somente nós sabemos o quanto é difícil chegar até aqui. Passamos por dificuldades, vários jogos sem ganhar, o que aumentou a cobrança sobre a nossa equipe. E poucos acreditaram. Mas estamos na luta”.

MUDANÇAS Givanildo mais uma vez terá de mexer na escalação. Ele não contará com o lateral-direito Norberto, que levou o terceiro cartão amarelo contra o Bahia. A opção é Aderlan, que vinha perdendo espaço nos últimos jogos. Em compensação, o atacante Ademir, livre de suspensão, volta a ficar à disposição do treinador.


O Coelho se salva...
Vencendo
Empatando, desde que a Chapecoense seja derrotada pelo São Paulo e o Sport no máximo empate com o Santos

Ainda sob risco
Sport: precisa vencer o Santos e torcer por derrotas de América e Chapecoense
Chapecoense: tem de empatar com o São Paulo e torcer por derrota do América. Se salva com derrota, desde que Coelho e Sport também percam
Vasco: se salva até com empate com o Ceará, desde que o América e Chapecoense não vençam
Fluminense: precisa empatar com o América para não depender de outros resultados

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