Jornal Estado de Minas

Técnicas e Truques

Windows 7 ou Windows 8?

B.Piropo
- Foto:
Ano novo, vida nova, sistema operacional novo... Ou não? Bem, quanto ao ano novo, não há dúvida. Quanto à vida nova, nesta época sempre há quem decida mudar, e alguns até conseguem. Já quanto ao sistema operacional novo – e os que acompanham esta coluna já perceberam que me refiro ao Windows 8 – , depende. E depende de um monte de fatores.

Um dos primeiros a serem cogitados é o balanço das vendas do novo sistema, que, após dois meses de disponibilidade no mercado, já pode ser analisado. O problema é que analisar esse tipo de dados é uma curiosa ciência na qual, baseado nos mesmos números, pode-se chegar a conclusões bastante diferentes de acordo com as convicções de quem analisa. E é exatamente isso que ocorre em relação ao Windows 8.

Sabe-se que o volume de suas vendas nos dois primeiros meses foi inferior ao do Windows 7 no mesmo período. Com isso concordam todos. Onde não há acordo é quanto à razão para isso. Alguns acham que a mudança de paradigma na nova interface foi demasiadamente radical e afastou os usuários. Outros creem que isso se deve ao maior ciclo de vida dos computadores de mesa (David Tom, em artigo no Midsize Insider, afirma que “se os usuários costumavam trocar seus computadores a cada quatro anos e agora trocam a cada cinco, isso pode reduzir as vendas em 20%, o que é substancial”). E há ainda os que afirmam que a redução no ritmo de vendas deve-se ao fato de que o mercado mudou com a fartura de novos sistemas e opções de tipos de computadores. Diz Stephen Baker, do NPD: “Acontece que (hoje) o mercado não é o mesmo em que Windows 7, ou Vista, ou mesmo o XP foram lançados”.

Se nem eles estão de acordo, não seremos nós que enfiaremos a mão nessa cumbuca. Vamos então nos orientar por outros fatores. Primeiro, o que acontecerá com Windows 7? A meu ver, nada. O sistema permanecerá vivo e forte, recebendo periodicamente “pacotes de serviços” e atualizações e continuará no mercado por um bom tempo. E tenho boas razões para pensar assim. Começando pelo fato de que é mais fácil usar Windows 7 que Windows 8 em um computador de mesa sem tela sensível ao toque. Depois, porque o cerne de ambos os sistemas é praticamente o mesmo (as grandes mudanças foram na interface), o que facilitará o desenvolvimento de programas compatíveis com ambos.

Portanto, acredito que Windows 7 é um bom candidato a romper o recorde do Windows XP de longevidade no mercado. Então, se você usa o 7 em um computador de mesa ou portátil tipo notebook sem tela sensível ao toque, não está interessado nas novidades de Windows 8 e está satisfeito com seu sistema, fique com ele.

Lado a lado Presumo que os dois sistemas conviverão no mercado por um bom tempo. Por outro lado, o mercado de dispositivos portáteis de pequeno porte, tipo tablets e smartphones, cresce muito rapidamente. Na verdade, foi justamente essa a razão que levou a MS a conceber a nova interface do Windows 8.

Ainda segundo Tom no artigo citado, “a Microsoft acredita que as telas sensíveis ao toque não são uma tendência de curto prazo, mas que eventualmente serão instaladas em portáteis de maior porte e micros de mesa. Esse é o raciocínio por trás da revisão radical (da interface) do SO. Se for esse o caso, então a gigante tecnológica poderá estar em posição favorável, com a tendência de as vendas crescerem no próximo ano”.

Bem, como comentamos acima, não é a reversão da tendência de vendas prevista por Tom que nos interessa, mas a razão que talvez leve a ela: a disseminação de computadores (seja qual for o formato ou porte) com telas sensíveis ao toque.

Se você, como eu, também acredita que essa é a tendência do mercado, e pretende comprar uma máquina nova, então talvez seja o caso de equipá-la com Windows 8 mesmo que sua tela (ainda) não seja sensível ao toque. Ou de aproveitar a promoção da MS e comprar uma atualização para Windows 8 a preço mais que razoável. Afinal, sempre é bom se preparar para as tendências. E, com Windows 8 ou sem ele, feliz 2013.


Pergunte ao Piropo

Capturando e imprimindo janelas

Há uns dias atrás você publicou “Como imprimir o que está na tela”, ou alguma coisa assim... Infelizmente não guardei essa coluna. Aí, o castigo vem a galope... Minha mulher tem uma casa lotérica com sistema de câmeras de monitoramento e frequentemente necessita imprimir alguma tomada do sistema. E nós não estamos conseguindo imprimir...

Antônio Claret, de Belo Horizonte (MG)

Você deve estar se referindo à coluna “Diquinhas Windows 8” publicada semana passada, na qual eu sugeria capturar a tela usando a tecla “PrtScrn”, que eu não preciso lhe enviar, porque tudo o que eu publico em qualquer veículo permanece disponível aos leitores na seção Escritos do Sítio do Piropo em www.bpiropo.com.br. Portanto, basta consultá-la por lá. Mas no seu caso talvez sejas mais interessante capturar apenas a janela do aplicativo que exibe a imagem em vez da tela inteira. Sugiro usar o aplicativo “Ferramenta de captura” fornecido entre os “Acessórios” de Windows (inclusive Windows 8), que, com dois cliques, permite capturar e gravar a imagem de qualquer janela selecionada pelo usuário. Depois de capturada, você pode gravar o arquivo da imagem em diversos formatos – inclusive JPG, PNG e GIF – e usar qualquer programa gráfico para imprimi-la mais tarde. Bom proveito e feliz 2013.