Sair pelo mundo sem medo do que vai encontrar pela frente. Se aventurar em busca do desconhecido e passar por momentos felizes e, também, por alguns perrengues. Se permitir se levar, sem se preocupar com o tempo, o que vem pela frente, e sem pensar no caminho de volta. Quem escolhe uma 'viagem solo' permite se arriscar em uma viagem de autoconhecimento, de afirmação e coragem.
Ao longo da história, as mulheres tiveram sua liberdade de ir e vir reduzidas, sendo, por muito tempo, confinadas à esfera doméstica, com seus comportamentos ditados e estabelecidos pelo patriarcado.
No Brasil, elas conquistaram o direito ao voto somente em 1932, o que pleiteavam desde 1891. E somente em 1962 uma lei federal permitiu que as casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar. E mais: só em 1974 elas conquistaram, pasmem, o direito a ter um cartão de crédito. Isto mesmo: até aquele momento, as solteiras ou divorciadas que solicitassem essa facilidade no banco eram obrigadas a levar um homem para assinar o contrato!
Por isso tudo, vale celebrar, neste mês de março, a conquista das mulheres viajantes solo, algo que no passado era quase que impraticável.
“Viajar é sempre uma experiência transformadora, que preenche a alma, expande os horizontes e traz autoconhecimento ”, diz o especialista Silvio Sallowicz, CEO da Duo & Ecco, empresa de viagens de incentivo. “E aventurar-se na própria companhia é uma vivência que liberta, pois permite que sejamos nós mesmos, sem rótulos”, conclui.
Confira, a seguir, 5 filmes recomendados por Silvio Sallowicz, que tem mulheres viajantes como protagonistas.
Comer, Rezar, Amar (2010)
Baseado no romance homônimo da romancista Elizabeth Gilbert (vivida por Julia Roberts), traz a trajetória de redescoberta da jornalista que, após uma crise existencial, abandona sua vida cotidiana para viajar por três países: Itália, Índia e Indonésia. Além das lindas paisagens, o filme também é uma verdadeira inspiração para tornar a viagem dos sonhos em realidade.
Livre (2014)
Baseado na história real de Cheryl Strayed, o filme estrelado por Reese Witherspoon mostra como a americana, após a morte da sua mãe e vários problemas pessoais, resolve fazer uma jornada de redescoberta cruzando mais de 1.800 km sozinha pela costa oeste dos Estados Unidos, superando as dificuldades que aparecem no caminho, junto com suas próprias questões pessoais.
Sob o Sol da Toscana (2003)
Nesse filme belíssimo, um dos pontos principais é a beleza do vilarejo de Cortona, na Toscana, para onde a protagonista, a escritora Frances Mayes, se muda após um divórcio conturbado. Além da história de redescoberta do amor, o filme também é uma ótima pedida para quem quer mergulhar na cultura italiana.