Jô, Hebe e Clodovil: conheça as mansões abandonadas que valem milhões
Conheça imóveis luxuosos que estão esquecidos por muito tempo; entenda os motivos que os tornaram mansões abandonadas
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Siga noO Brasil guarda palacetes monumentais que um dia impressionaram a elite e hoje estão vazios, selvagens ou reféns de processos. Em um país onde o mercado imobiliário atrai investimentos milionários, essas mansões abandonadas mostram que nem sempre o luxo resiste ao tempo, às disputas judiciais e ao abandono.
Neste panorama, imóveis que custam dezenas de milhões ficam sem uso, por altos custos de manutenção, processos familiares ou simplesmente porque ninguém enxerga retorno financeiro. São histórias de extravagância interrompida, arquiteturas imponentes e promessas não cumpridas.
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A mansão de Edemar Cid Ferreira
Localizada em um dos endereços mais nobres de São Paulo, no bairro do Morumbi, a mansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira é conhecida pelo projeto arrojado do arquiteto Ruy Ohtake. Com mais de 20 mil m² de área construída e detalhes arquitetônicos únicos, o imóvel foi avaliado em até R$ 78 milhões. Após a falência do Banco Santos, a propriedade foi incorporada ao espólio judicial e permanece desocupada há anos.
O local acumula dívidas de IPTU e enfrenta uma batalha judicial complexa. Tentativas de transformar o imóvel em um centro cultural ou escola de arte esbarraram em burocracias e resistência dos vizinhos. Enquanto isso, a mansão segue fechada, com sinais de abandono visíveis, mato alto, estrutura danificada e deterioração dos materiais de luxo que um dia compuseram o projeto.
A mansão de Jô Soares
A mansão que pertenceu a Jô Soares em Vinhedo (SP) é outro exemplo de como imóveis luxuosos podem acabar esquecidos. Avaliada em cerca de R$ 10 milhões, a casa foi adquirida pelo apresentador como um refúgio para o filho, mas acabou abandonada após sua morte. Desde então, moradores da região relatam que o espaço virou depósito de objetos, além de chamar atenção pelo mato alto e pelas condições precárias da fachada.
Projetada para oferecer conforto e privacidade, a residência possui piscina, salas amplas, áreas de lazer e um grande jardim. No entanto, a ausência de herdeiros interessados e o alto custo de manutenção contribuíram para o abandono. A situação se arrasta há anos, e o imóvel aguarda um comprador disposto a enfrentar a recuperação da propriedade.
A mansão de Hebe Camargo
A casa da apresentadora Hebe Camargo, também no Morumbi, se transformou em um dos exemplos mais emblemáticos de mansões sem destino. Com mais de 7 mil m² e ambientes luxuosos que receberam personalidades do Brasil e do exterior, o imóvel foi colocado à venda por cerca de R$ 70 milhões. No entanto, até hoje não encontrou comprador.
A residência foi decorada pessoalmente por Hebe e conta com detalhes clássicos, obras de arte e um grande salão de festas. Após sua morte, a manutenção foi mantida por um tempo, mas os altos custos e a falta de interesse do mercado desvalorizaram a propriedade. O local já foi cogitado para se tornar um espaço cultural, mas nenhuma proposta foi concretizada.
A mansão de Clodovil em Ubatuba
Erguida em uma área ambiental protegida em Ubatuba, a mansão de Clodovil Hernandes impressiona pelo tamanho e pela excentricidade. A casa possui nove suítes, uma capela particular, um lago artificial e um jardim com desenhos inspirados na arte barroca. Após a morte do estilista e político, o imóvel passou a enfrentar entraves jurídicos envolvendo heranças e restrições ambientais.
Em 2019, foi leiloada por R$ 750 mil, valor bem abaixo do que se esperava. No entanto, o novo proprietário acabou desistindo da compra por conta das dificuldades legais de regularização do imóvel. Desde então, a mansão permanece vazia, aos poucos sendo engolida pela vegetação e pelas histórias que cercam a figura de Clodovil.