

Santander aposta em alta vigorosa da bolsa brasileira em 2024
Para o banco espanhol, a continuidade do ciclo de queda de juros, lucros maiores das empresas e cotação baixa do valor das ações são fatores que explicam a alta
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O otimismo voltou com tudo ao mercado de capitais nesta reta final de ano. Em relatório carregado de entusiasmo, o Santander projeta que o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, chegará aos 160 mil pontos em 2024 – ele está em 131 mil pontos atualmente. Para o banco espanhol, a continuidade do ciclo de queda de juros, lucros maiores das empresas e cotação ainda baixa do valor das ações são fatores que explicam a alta potencial no ano que vem. Outro bom sinal para a economia brasileira: o risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) – quanto mais alto o índice, mais arriscado é o lugar – acumula queda de 40% nos últimos 12 meses. Apenas Coreia do Sul e Austrália tiveram recuo maior, segundo levantamento do consultor Einar Rivero com dados do Investing.com. Ainda assim, o grau de investimento, como é chamado o selo de bom pagador atribuído pelas agências de classificação de risco a países e empres as, permanece como um sonho distante.
Com bom humor de investidores, Ibovespa renova recorde
05/12/2023 - 04:00 Poupança perde espaço no financiamento imobiliário 07/12/2023 - 04:00 Rombo nas contas públicas brasileiras aumenta 08/12/2023 - 04:00 Como vai ficar a taxa básica de juros, Selic, em 2024
Depois de alcançar a sua máxima histórica na semana passada, o Ibovespa voltou a brilhar ontem, superando os 131 mil pontos – trata-se de um novo recorde estabelecido pelo indicador. O bom humor dos investidores tem sido motivado especialmente pela expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos e no Brasil em 2024, diante de um cenário de inflação sob controle. De acordo com especialistas, também pesa a favor do índice a tradicional arrancada da cotação das ações no fim de ano.
Haddad termina o ano em alta com o empresariado
Apesar dos altos e baixos em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encerrará o ano com boa imagem perante o empresariado. A criação do arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária são conquistas que, em boa medida, devem ser atribuídas a Haddad. No campo oposto, sua principal falha foi a deterioração do quadro fiscal – um dos pressupostos para o arcabouço funcionar, ressalte-se. Ainda assim, dadas as baixas expectativas do setor produtivo no início do ano, o saldo é positivo.
Mondeléz negocia compra e naming rights do estádio do Morumbi
Os clubes que não se tornaram Sociedade Anônima de Futebol (SAF) têm procurado meios de ampliar suas receitas. O São Paulo, que não aderiu ao modelo, negocia a venda de naming rights do estádio do Morumbi para a fabricante de chocolates Mondeléz. Pela proposta, o estádio será chamado “Morumbis”, uma referência à marca de chocolate Bis. A empresa desembolsará entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões anualmente, acima do que pagam Allianz e Hypera Pharma nas arenas de Palmeiras e Corinthians.
Rapidinhas
O aplicativo de entregas Rappi vai investir R$ 100 milhões em 2024 para ampliar a frota de veículos. Nos próximos três anos, a cifra poderá chegar a R$ 500 milhões, a depender do cenário econômico. Atualmente, a Rappi é usada por 9% dos usuários de apps de delivery. A liderança é do iFood, que responde por 82% do mercado.
Depois da paralisação de quase 100% dos negócios durante a pandemia, o mercado brasileiro de eventos fechará 2023 com faturamento de R$ 314 bilhões, número que já supera as cifras de 2019, antes da crise de COVID-19 aparecer. Os dados da Abrape, a associação do ramo, também mostram a geração de 3,5 milhões de empregos pelo setor.
A plataforma mineira de comunicação digital Blip, antes conhecida como Take a Blip, fez sua primeira aquisição no exterior. Trata-se da startup mexicana Gus, que oferece serviços de conversas a partir de aplicativos de mensagens. O valor do negócio não foi revelado. Criada em 1999, a Blip conta atualmente com 4 mil clientes.
Um levantamento feito pela Contabilizei, maior escritório de contabilidade do Brasil, mostrou que, no terceiro trimestre de 2023, 1 milhão de empresas foram abertas no país – no ano, o saldo acumulado é de 3 milhões de CNPJs. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram, na ordem, a abertura de novos negócios.
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US$ 30,7 trilhões
é quanto o comércio global deverá movimentar em 2023, o que significará uma retração de 5% em relação a 2022. Os dados são da Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad)
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“O Brasil está em condições de ter um 2024 muito bom”
Luiz Carlos Trabuco Cappi,
presidente do conselho de administração do Bradesco
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.