Anna Marina
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Verão traz sol, calor e... a enxaqueca

Claridade, desidratação e exposição solar favorecem crises da doença. Cirurgia pode ser a solução para o problema que atormenta 30 milhões de brasileiros

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O calor, apesar de amado por muitos, é uma dor de cabeça, literalmente, para 30 milhões de brasileiros que sofrem com a enxaqueca. Isso porque fatores comuns nas estações mais quentes, como desidratação, claridade e maior exposição ao sol, podem favorecer as crises da doença.

 

Beber bastante água e evitar se expor ao sol são maneiras de prevenir as dores, mas não é incomum que durante o verão aqueles que sofrem com o problema utilizem com mais frequência medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos para lidar com a enxaqueca.

 

 

O problema é que tais remédios, que geralmente fazem parte do tratamento, podem causar efeitos colaterais se usados de maneira contínua. Náuseas, tonturas, fraqueza muscular, úlcera no estômago e alterações gastrointestinais aumentam o sofrimento do paciente.

 

“Uma alternativa para reduzir crises nas estações quentes sem precisar recorrer a medicamentos é a cirurgia de enxaqueca, uma das formas mais eficientes para reduzir a intensidade, frequência e duração do problema. Se bem indicado, o procedimento pode eliminar ou diminuir a necessidade do uso contínuo de medicações”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos Estados Unidos, um dos especialistas que realizam o procedimento no Brasil.

 

A operação é feita por cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em universidades americanas como Harvard. “Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma Rubez. O procedimento deve ter o aval de um especialista.

 

“A cirurgia para enxaqueca pode ser indicada para qualquer paciente que tenha diagnóstico de migrânea (enxaqueca) feito por neurologista e sofra com duas ou mais crises mensais severas de dor que não consigam ser controladas por medicações. Ou então para pacientes que sofram com efeitos colaterais de remédios para dor ou tenham intolerância a eles. Também podem se submeter ao procedimento pacientes que desejam se livrar do comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional”, diz o médico.

 

Pouco invasiva, a cirurgia descomprime e libera os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos desses nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias. Esse cenário gera a liberação de neurotoxinas que desencadeiam a cascata de eventos responsáveis pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, causadores de dor intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, explica Rubez.

 

Há sete tipos principais de cirurgia para migrânea. “Para cada tipo de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face, couro cabeludo ou na cavidade nasal. O princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital, que são irritados pelas estruturas adjacentes ao longo de seu trajeto”, destaca o cirurgião plástico.

 

 A operação é realizada em ambiente hospitalar sob anestesia geral e, em alguns casos, sob anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas. O paciente tem alta no mesmo dia”, finaliza Paolo Rubez.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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