Anna Marina
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CONTRACEPÇÃO

Atenção, mães: método contraceptivo pós-parto pode afetar amamentação

Estudos indicam que o estrogênio, hormônio presente nas pílulas combinadas, diminui a produção de leite

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Início do ano é um bom momento para planejar o que vem pela frente. Essa máxima é válida para as mulheres que acabaram de dar à luz ou que estão prestes a ter seu filho. Muitas acreditam que os cuidados devem ser direcionados exclusivamente aos bebês. Mas, nesta fase, é importante escolher um método contraceptivo que seja seguro e não interfira na amamentação. 

De acordo com Talita Poli Biason, diretora médica associada da área de saúde feminina da Organon, devem ser adotados métodos que não afetem negativamente a quantidade e a qualidade do leite materno. 

“Alguns estudos sugerem que o hormônio estrogênio, presente nas pílulas contraceptivas combinadas, pode diminuir a produção de leite. Portanto, é recomendado evitar métodos contraceptivos que contenham estrogênio durante a amamentação. Em contrapartida, pílulas só de progestagênios e os métodos de longa duração costumam ser seguros para essa fase. Isso é essencial para não interferir no crescimento e desenvolvimento do bebê”, explica. 

O momento de iniciar o método contraceptivo após o parto varia de acordo com a situação de amamentação. Para puérperas que não amamentam ou que optam por aleitamento misto, ou seja, combinando aleitamento materno com fórmula infantil, é recomendado iniciar o uso contraceptivo por volta da terceira ou, no máximo, quarta semana após o parto. 

Já para as mães que praticam o aleitamento materno exclusivo, o início da anticoncepção pode ser realizado a partir da sexta semana após o parto. 

A especialista alerta para o mito de que nem todas as mulheres que amamentam estão naturalmente protegidas contra a gravidez. Existe a chamada “amenorreia da lactação”, que proporciona cerca de 98% de proteção contra a gravidez, mas apenas em algumas mulheres até seis meses após o parto. 

Para que essa forma natural de contracepção seja eficaz, a mulher precisa estar amamentando exclusivamente, sem oferecer ao bebê nenhuma outra fonte de alimento, e seus ciclos menstruais não podem ter retornado. 

Talita destaca que os métodos de longa duração são particularmente úteis durante o puerpério e lactação. “Nessa fase, em que a mulher está voltada ao cuidado do bebê e passando por diversas mudanças na sua rotina, métodos que não dependem de sua lembrança diária para ter eficácia são um ganho na sua qualidade de vida”, afirma. 

A médica ressalta que esses métodos são os mais eficazes em todas as etapas da vida. Eles têm sua segurança comprovada para uso durante a lactação, desde que respeitado o momento de início de cada um deles. 

“Este momento é muito especial da vida da mulher e do bebê”, conclui a doutora Talita Biason, reforçando a importância de garantir a saúde tanto da mãe e filho durante a amamentação.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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