Esta é a mais pura verdade. A educação, em todos os sentidos, se aprende em casa, desde o momento em que a criança nasce, porque ela começa a se desenvolver vendo e ouvindo as atitudes, comportamentos e falas dos pais. O exemplo é a maior e mais eficaz educação ou deseducação.
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Cada dia que passa, ouço casos de atitudes de crianças, pequenas ainda, que me surpreendem e espantam. Fico me perguntando onde, como e quando a criança aprendeu a falar e agir daquela maneira e, o pior, como os pais assistem a tudo isso e não corrigem, não colocam limite?
A resposta é simples: eles ensinam, ou, pior, eles agem da mesma forma, e os filhos veem em casa e entendem que essa é a forma correta e repetem fora de casa.
Vou exemplificar. Uma criança de aproximadamente 3 anos, em uma reunião familiar, foi colocada em uma determinada cadeira na mesa. Ela simplesmente aprontou o maior escândalo porque queria sentar em outro lugar. A cadeira era idêntica, os pais estavam ao lado dela, mas ela queria a outra. Todos já estavam acomodados.
Em vez de os pais educarem a criança, fizeram metade da mesa mudar de lugar para eles trocarem para onde a “princesinha” queria. Depois, fiquei sabendo que é comum os pais, antes, perguntarem a ela onde ela quer se sentar e, pasmem, onde os pais podem se sentar. Socorro!!!
Outra família. O neto se casou e teve um filhinho. Quando vai à casa da bisavó, o pequeno tira tudo do lugar, joga as coisas no chão e, quando sai, parece que passou um furacão na casa ou pior, que entrou ladrão. Uma vez, a bisavó reclamou e os pais levantaram, pegaram o filho e foram embora. Dá para acreditar?
E quando a criança de 2 anos diz, com imposição, que não ficará na casa da avó? Há décadas, a maioria dos pais têm como um grande apoio familiar a casa das avós. Pergunto, qual criança não gosta de ir para a casa da vovó? E qual avó não gosta de ficar com os netos? Não conheço nenhuma.
Todas as minhas amigas e o meu círculo social de uma forma geral está repleto de avós. Eu ainda não tive o prazer. E não tem um dia que elas não falem, de boca cheia, dos encontros com os netinhos. Pois não é que ouvi um caso que me deixou com a pulga atrás da orelha. A criança de 2 anos ou um pouco mais disse que não ficaria na casa da avó. E a mãe, em vez de deixar lá, deixar chorar um pouco, deixou a vontade prevalecer e sei lá como se virou, mas levou o filho embora.
Sinto dizer, para mim, tem uma explicação: um dos pais fala mal dessa avó em casa, com frequência. A criança cresce escutando essas falas e aprende a não gostar do que o papai ou a mamãe não gosta. É natural. Mas é o correto? Não acredito.
Fica a dica para que os papais de primeira viagem tenham cuidado com o que dão de exemplo para os pequenos. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)