Anna Marina
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MEMÓRIAS

Hoje, políticos são "anônimos" em eventos sociais. Bons tempos os de JK

A última vez que me encontrei com JK foi num jantar que lhe foi oferecido por Angela Diniz e, claro, teve uma rodada de danças depois

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Os leitores desta coluna já conhecem a minha mania de rever retratos antigos. Cada um deles representa uma época, acontecimentos, amizades. No último fim de semana, sem programa, fui rever meu passado em fotos. Constatei uma verdade: políticos já não frequentam reuniões sociais que não tenham agenda política.

Revi meu retrato com Fernando Collor (de quem gostava muito e defendi o quanto pude), com Francelino Pereira e, principalmente, com Hélio Garcia, que era muito meu amigo antes de ser governador.

Até onde sei, isso não usa mais. Parece que as amizades puras e simples, sem fundamento eleitoral, saíram da moda. Junto delas, o conhecimento do público com os políticos. Ninguém chega a um jantar em casa de amigos e dá de cara com um governador, um deputado, um senador. Ou eles não são convidados, ou são convidados e não comparecem.

Esse afastamento tem um lado negativo: os políticos ficam isolados e só comparecem a grandes (ou pequenos) encontros... políticos. Não têm contato com eleitores que, de acordo com o grau de intimidade, podem colocá-los por dentro de notícias que não saem nos jornais, são passadas de um para outro no maior segredo.

Quem não se lembra da popularidade de JK? Frequentava os amigos e, se tinha dança, não se fazia de difícil, rodava o salão com a anfitriã e outras convidadas.

A última vez que me encontrei com JK foi num jantar que lhe foi oferecido por Angela Diniz e, claro, teve uma rodada de danças depois. Dona Sarah estava lá, mas JK não se furtou a dar umas voltas no salão. Nem parecia presidente da República, era mais um convidado entre tantos.

Alguém já me contou que o nosso governador tem namorada, mas não aparece com ela em lugar nenhum onde possa ser reconhecido. O que me leva a uma conclusão: ou ela é muito tímida ou optou por não aparecer.

Presidente igual a JK, não teremos nunca mais. Dona Sarah era primeira-dama bem dentro de seu papel, guardava a dignidade da função. O casal era muito convidado, porque formavam a dupla perfeita para uma festa ganhar sucesso.

Em alguns casos, perder o comando político significa perder lugar na sociedade. Como tem acontecido com vários casais mineiros, que perderam lugar político de destaque e o nome na lista dos convidados.

Quem sente muito esse esquecimento são as mulheres, antes muito paparicadas e atualmente esquecidas.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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