Eu amo o Natal e tudo o que ele representa. Acredito que isso venha desde a minha infância, com a grande árvore de Natal na sala. Na lembrança de menina, ela era enorme, talvez nem fosse tão grande assim, com bolas de todas as cores.
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O dia de montar a árvore era uma alegria, mas precisava de muito cuidado porque as bolas eram delicadas como casca de ovo, não podiam cair que se quebravam. E reluziam que era uma maravilha. E as luzinhas eram coloridas também e piscavam. E ainda tinham uns fiapinhos prateados que eram colocados nelas.
Pensando bem, agora que estou lembrando e descrevendo, devia ser uma privação de sentidos, meio “jequinha”, mas para criança era linda. Lembro que lá em casa já teve uma árvore prateada.
Não importa, o que valia era ter a decoração e, de noite, enquanto os adultos nos distraíam, alguém colocava os presentes sob a árvore. Naquela época, a ceia era, de fato, à meia-noite. E só víamos os presentes depois de jantarmos. E por mais novos que fôssemos, aguentávamos esperar a “passagem do Papai Noel” para ganhar os presentes. E a hora de abrir os presentes era tão boa!
Engraçado, com nossos filhos foi diferente. Assim que cada um chegava na casa da minha mãe, já entrava com todos os presentes e colocava na árvore, e meus sobrinhos viam isso. E aí era aquela ansiedade para querer abrir tudo. Conseguíamos segurá-los até umas 22h, depois disso era impossível, assim, a ceia passou a ser mais cedo, para as crianças darem sossego. Engraçado como os pais passaram a ser facilmente manipulados pelos filhos. Antes não era assim.
O mais bonito de tudo, para mim pelo menos, era a fala da minha mãe, antes da ceia, falando do nascimento de Jesus Cristo, o verdadeiro motivo de toda aquela festa. Depois, ela fazia uma oração, agradecendo a Deus pelo seu filho. Era lindo. E eu ficava vendo a alegria de todos em volta da mesa, rindo, conversando e se servindo. Claro que nós, as crianças, sentávamos em outra mesa, porque não cabíamos todos na mesa dos adultos.
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Desde que saí da casa da minha mãe, sempre fiz questão de ter uma bela árvore de Natal e uma guirlanda na porta. Anna Marina, a titular desta coluna e minha prima, é outra que ama a data. Enfeita sua casa toda, inclusive o jardim. Seu presépio é lindo. Quando eu era mais nova, ia sempre à casa dela ver a decoração, e depois passei a levar minha filha todos os anos para ver de perto cada detalhe da decoração.
Mas o que realmente me encanta no Natal é o sentimento de amor e união que fica no ar, é a reunião, o compartilhar, a alegria, o reencontro. Desejo tudo isso a todos os leitores. Feliz Natal!
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*Isabela Teixeira da Costa/Interina
