Fabiano Moraes
Fabiano Moraes
Inteligencia Artificial

O Futuro da Busca: Por que Especialistas Questionam a Otimização para IA

Uma nova sigla tem agitado o mercado de marketing digital: AEO, ou Answer Engine Optimization (Otimização para Mecanismos de Resposta).

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A promessa é ambiciosa: adaptar o conteúdo das marcas para que ele seja priorizado por inteligências artificiais como o ChatGPT e outros buscadores conversacionais. No entanto, um crescente ceticismo permeia as discussões entre especialistas, que questionam a real eficácia e a necessidade de estratégias tão específicas neste momento.

Apesar de startups e grandes agências como R/GA, Tinuiti e Edelman já estarem a oferecer serviços de AEO, muitos profissionais da área veem as táticas propostas — como o uso de citações académicas e a adaptação da linguagem para um tom mais coloquial — como um "rebranding" de boas práticas de SEO já existentes. A principal crítica é a ausência de provas concretas de que essas otimizações se traduzam em maior exposição da marca e, fundamentalmente, em aumento de vendas.

O próprio Google já se posicionou, afirmando que as diretrizes de SEO continuam a ser o caminho mais seguro e que não há necessidade de otimizações exclusivas para a IA. Especialistas como Lily Ray, da agência Amsive, corroboram essa visão, defendendo que as estratégias de SEO atuais já são robustas o suficiente para garantir uma boa performance nas buscas feitas por inteligência artificial.

Um dos grandes desafios para a AEO é a falta de métricas claras. Enquanto o SEO tradicional possui um sistema de atribuição bem estabelecido, que permite rastrear a origem do tráfego e o retorno sobre o investimento, a AEO ainda não oferece essa visibilidade. Além disso, a preocupação com a "busca de clique zero" — onde o utilizador obtém a resposta diretamente na página de resultados, sem precisar de aceder a um site — é uma realidade que o universo do SEO já acompanha e para a qual procura soluções.

Diante deste cenário, a conclusão de muitos especialistas é que, em vez de uma corrida para "controlar" os resultados da busca por IA, as marcas deveriam concentrar-se em "influenciar" a narrativa. O caminho mais promissor parece ser a aposta na construção de autoridade de forma autêntica, focando em responder às questões mais relevantes para o seu público e negócio, uma estratégia que, no fim das contas, está no cerne do bom e velho SEO.

Contudo, há quem defenda que esperar para ver pode ser um risco. O especialista em AEO, Eduardo Esquivel, por exemplo, argumenta que este é o momento para as marcas começarem a experimentar e a adaptar-se. Na sua visão, não se trata de uma simples tendência, mas de uma mudança fundamental na forma como as pessoas interagem com a informação. Para Esquivel, as empresas que iniciarem agora o processo de otimização para o diálogo com a IA, construindo relevância neste novo ecossistema, garantirão uma vantagem competitiva crucial para o futuro da busca digital.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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