“O Rio de Janeiro continua lindo / O Rio de Janeiro continua sendo”. Se os deuses, espíritos das florestas e os orixás nos permitirem, tudo dará certo para que, nos próximos dias e partidas de futebol, o Rio de Janeiro continue sendo a linda casa de praia do Cruzeirão Cabuloso. Mesmo porque as pelejas contra Vasco (sábado) e Flamengo (dia 2 de outubro) serão decisivas para sinalizar se continuaremos na briga direta pela conquista do nosso penta nacional; da quinta estrela no nosso céu estrelado de campeonatos brasileiros.

Se nas próximas rodadas a tábua da maré não sinalizar ressacas no mar, Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro tendem a seguir surfando como os reais candidatos à conquista do Brasileirão. Mirassol, Botafogo e Bahia, mesmo estando também no pelotão de frente – e nem tantos pontos assim de distância para o trio do topo –, já deram sinais de que não conseguirão manter regularidade ao ponto de reduzirem a distância na tabela. O destino (e objetivo) deles tende mesmo ser a vaga direta na Copa Libertadores do próximo ano.

Dito isso, voltemos a atenção para Flamengo e Palmeiras. Na atual disputa contra eles, pesa contra nós o fato de termos mais partidas já disputadas (uma mais que os cariocas e duas em relação aos paulistas). Sendo que os confrontos atrasados desses dois adversários na disputa pelo título serão contra clubes que andam na parte de baixo da tabela: Sport, Juventude e Santos.

 

Para tornar nossa missão ainda mais complexa, os dois confrontos diretos contra Flamengo e Palmeiras, os chamados “jogos de seis pontos”, serão na casa dos adversários, com suas torcidas empolgadas.

Mas é exatamente aí que está o ponto positivo para o escrete de Leonardo Jardim. O Cruzeiro, até aqui, tem tido um desempenho espetacular contra os clubes da parte alta da tabela, mais especificamente, os que ocupam momentaneamente as vagas – diretas e pré – para a Libertadores (Flamengo, Palmeiras, Mirassol, Botafogo e Bahia). Das sete partidas contra eles, vencemos seis e empatamos uma.

Mas e o Vasco? O Vasco, apesar de em nenhum momento do campeonato ter figurado na parte de cima da tabela, deve ser encarado como um adversário dessa prateleira das grandes disputas. Isso porque tanto ele quanto nós estamos nas semifinais da Copa do Brasil (contra Fluminense e Corinthians, respectivamente) e, em um futuro muito próximo, existe a possibilidade real de uma final entre Cruzeiro e Vasco.

Pelo ódio – sem razão – que a torcida vascaína alimenta pelo Cabuloso, São Januário deve receber uma quantidade considerável de vascaínos. Para ver se consegue fazer frente à Nação Azul que já esgotou os ingressos destinados a ela.

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Se vencermos o Vasco, no sábado, a peleja seguinte, contra o Flamengo, no Maracanã, terá sabor de final antecipada. Claro, sem desmerecer o favoritismo, também do Palmeiras, ao título brasileiro.

A tarefa, então, é clara. Precisamos vencer os fregueses Vasco e Flamengo nessa nossa curta temporada de uma semana na casa de praia do Cabuloso.

Importantíssimo trazer esses pontos de lá, porque, nas rodadas seguintes teremos Sport, Atlético de Lourdes e Fortaleza, times que têm como meta neste Brasileirão apenas não voltarem para a Série B. Depois dessa sequência, virá a nossa segunda final antecipada: Palmeiras.

 

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