Gustavo Nolasco
Gustavo Nolasco
DA ARQUIBANCADA

Uma folguinha providencial para a Raposa

Ficou mais difícil o Brasileirão depois de perder sete pontos nas três últimas pelejas? Sim, mas ainda estamos na briga pelo penta

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É lombalgia de um lado, tirando titular de partida decisiva em cima da hora. Ossos quebrados de outro, a frear recuperação de quem poderia resolver carências táticas. Expulsões e suspensões aos montes. Muitos pendurados ao mesmo tempo, prejudicando o combate ao adversário, por receio de levarem o terceiro cartão amarelo. Derrota e empates de onde se esperava vitórias. A “aldeia” e a crônica esportiva do eixo RJ-SP sedentas a espreitar, como urubus, à espera da deixa para plantar a discórdia dentro do clube e do elenco.

Um script perfeito para o colapso de qualquer clube em situação delicada em reta final de uma temporada do futebol. Mas é momento de evocar o mestre, amigo e ex-volante Fabrício para trazer os terraplanistas de volta à Terra redonda. “Torcedor, calma!”

Em meio a tantos motivos para dar fôlego a quem deseja o mal para o Cabuloso, uma constatação pode deixar essas pessoas de alma vazia um pouco decepcionadas: apesar de todas essas intempéries, o céu continua azul para o Cruzeirão.

Ficou mais difícil o Brasileirão depois de perder sete pontos nas três últimas pelejas? Sim, mas ainda estamos na briga pelo penta. A distância para o Flamengo diminuiu e se ela aumentou em relação ao Palmeiras, ainda temos um confronto direto contra eles.

Além disso, alargamos a vantagem na briga por uma vaga direta da Copa Libertadores da América (para colocar fim a um jejum de cinco anos sem participarmos dela). Já são nove pontos em relação ao quinto colocado – o Bahia.

De quebra, o Time do Povo Mineiro está a apenas quatro jogos da conquista do hepta da Copa (Cruzeiro) do Brasil. Então... torcedor, calma!

 

“Quer dizer que é ficar deitado em berço esplêndido?” De forma alguma! Mesmo porque, a parte do hino nacional que nos representa está longe de ser essa. E a história de luta do Palestra/Cruzeiro também mostra que nossa característica – enquanto time e torcida – é outra.

Se foi uma postura ridícula de parte da Nação Azul ao vaiar o time – mesmo que apenas alguns atletas, como Marquinhos –, também o seria se deitássemos no berço esplêndido da soberba e não cobrássemos diretoria, comissão técnica e jogadores. O Cruzeiro só se tornou o Maior de Minas e o único multicampeão do estado, porque, ao longo de sua história centenária, o apoio irrestrito e a cobrança permanente sempre caminharam lado a lado nas arquibancadas, em perfeita harmonia, equilíbrio e respeito.

O momento do Cruzeiro é de sentir o cansaço natural após meses de desempenho intenso durante todos os jogos, desde a volta após a Copa do Mundo de Clubes. Contusões, suspensões e tropeços eram esperados. Ainda bem que foram chegar agora.

Serão 10 dias dedicados ao descanso e ao treinamento até a próxima partida, dia 15, contra o Atlético Mimimi de Lourdes, na Arena dos Bilionários do Brasil Miséria.

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Leonardo Jardim terá tempo para se dedicar a melhorar o desempenho individual de seus comandados. Alguns deles, como Arroyo e Sinisterra, já mostraram que precisam disso. Outros, recém-chegados, como Kauã Moraes e Ryan Guilherme, necessitam disso, pois serão muito acionados daqui por diante.

Pelo excesso de jogos sem a possibilidade de rodar o elenco, outros, como Matheus Pereira, Vilalba, Kaiki, Lucas Romero, Lucas Silva e Kaio Jorge precisam descansar – e Wanderson, se recuperar. Êta folguinha providencial para a Raposa, viu, sô.

 

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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