
Clássico do K, do KKK, do ZZZ ou da Zebra?
Todo Cruzeiro x Atlético vale algo. Mesmo que seja somente para chacotear o derrotado, resumindo o clássico ao sonoro "KKK"!
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Com a vitória do Palmeiras sobre o Juventude, em jogo adiado do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro ficou um pouco longe das chances de conquista do penta nacional. Ao derrotar o Sport, em partida também atrasada do certame, o Atlético de Lourdes ficou um pouco mais distante da queda para a Série B.
Isso poderia tornar a peleja de logo mais, na Arena dos Bilionários do Brasil Miséria (construída para ser a Granja da Chacota Nacional), em um confronto que não valesse nada para ambos os lados. Um joguinho tarde da noite, em meio à semana do “saco cheio”, digno de dar calo nas vistas. Daqueles onde o grito de GOOOLLL, em um fechar de olhos adormecidos, se transforma em ronco com trilha sonora do “ZZZ...”.
Mas em se tratando de clássico regional que envolve, de um lado, o amor e a alegria do cruzeirense e, de outro, o ódio e os traumas da Turma do Sapatênis, todo Cruzeiro x Atlético vale algo. Mesmo que seja somente para chacotear o derrotado, resumindo o clássico ao sonoro “KKK”!
Mas mesmo que o embate entre o Time do Povo Mineiro e o Atlético de Lourdes possa não ser tão crucial assim para reverter, em uma noite, os destinos na tabela do campeonato, ainda assim, ele sempre pode ser um momento especial para os treinadores testarem seus elencos, pois se trata de um confronto atípico, onde a pressão psicológica, muitas vezes, faz mente e pernas não conversarem entre si.
Essa possibilidade ganha força quando analisamos o time todo remendado de Jorge “Necesito 7 refurezos más” Sampaoli. Onde muitos jogadores receberão a primeira chance entre os titulares e outros, eternos reservas, terão que assumir a posição de líderes em campo. Mas fica a pergunta: terão coragem de partir para cima do Cruzeiro de Leonardo Jardim, sempre mortífero no contra-ataque?
Fato é que, juntando o histórico recente do confronto entre os dois clubes e o fenômeno da Granja da Chacota Nacional já ter se tornado o sitiozinho de alimentar Raposa, uma vitória do Atlético de Lourdes será uma ZEBRA – e daquelas com o fiofó apontado para a lua.
Ao escrete celeste cabe entrar em campo consciente de que não pode dar qualquer chance para que o animal africano apareça em Belo Horizonte, na noite de hoje. Para tanto, espera-se que os 10 dias de folgas e treinos tenham servido para jogadores e comissão técnica analisarem e corrigirem os erros das três últimas partidas, contra Vasco, Flamengo e Sport.
Essa sequência negativa fez com que o Cruzeiro ficasse, agora, a seis pontos do líder do campeonato. Antes dela, éramos vice-líderes e estávamos a apenas um ponto do topo. Ou seja, vamos para cima! Temos de recuperar pontos, posições e a confiança.
Nesse último quesito, um nome em especial: Kaio Jorge. O nosso mortífero atacante e artilheiro do campeonato está há seis partidas pelo Brasileirão sem marcar gols. O último deles está perto de completar dois meses. Foi contra o Internacional, em 23 de agosto.
E não poderia ter adversário e granja melhores para o matador raposiano ir à caça de novos gols. Afinal, foi ali que ele fez o primeiro dos seus três gols contra o Atlético de Lourdes pelas quartas de final da Copa “Cruzeiro” do Brasil.
Chegou a hora de afastar a zica e recolocar o Cruzeirão Campeão no rumo certo novamente. Então, let’s bora voltar a transformar a Granja da Chacota Nacional na Arena do Faz o K.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.