No quesito balada, a noite de Belo Horizonte já foi muito, mas muito mais animada. Para se ter uma ideia, entre os anos 1970 e 2000, a cidade contou com aproximadamente 99 boates.

 

 

O levantamento foi feito por esta coluna, conversando com produtores e pessoas que conhecem a história da cidade. Claro que o número deve ser superior ao levantamento publicado há três anos no Estado de Minas.

 

A coisa mudou, os costumes também, e boate não é tipo de negócio que seduz público e empresário. Atualmente, só existem duas boates em atividade na capital mineira. O Fantasy Clube fica no Salgado Filho e vai completar 46 anos de funcionamento.

 

 

A Boate do PIC, que funciona no prédio do Pampulha Iate Clube, na Savassi, completa 30 anos em outubro e foi idealizada pelo então presidente do clube, Antônio Mafra, hoje com 98 anos de idade. 

 

CAMAROTES

Em depoimento à coluna, Mafra disse que a boate tem um modelo inédito, arquitetura arrojada em camarotes, o que possibilita a realização de diversos tipos de eventos e a mantém moderna ainda hoje.

 

 

“E para fazer funcionar tudo isso, ao longo de quase três décadas, é preciso expertise e profissionalismo, o que tem sido a marca registrada do PIC”, afirma o ex-presidente, agraciado com o título de sócio benemérito pelo atual presidente, Antonio Eustáquio.

 

Veja o vídeo do Jota Quest gravado na boate do PIC:

O projeto arquitetônico é de Zilda Mendicino. A abertura ao público foi marcada por três noites de pré-inauguração. Mas o ponto alto foi o dia 24 de outubro de 1995, que congestionou o trânsito na rua Cláudio Manoel, nos trechos entre Avenida Brasil e Rua Alagoas. Os tempos não são mais os mesmos. A boate do PIC funciona com eventos, como festas de 15 anos e casamentos, que disputam a agenda da casa.


SENSATION

Há pouco mais de 10 anos, às sextas-feiras, a festa Sensation PIC, organizada por Guilherme Rabelo, Daniel Zago, Rodrigo Vavá e Eduardo Sabbagh, era, desculpem o trocadilho, a sensação da noite de Belo Horizonte.

 

 

Entre 2009 e 2010, o movimento de fim de semana da capital passava invariavelmente pela boate do PIC. De lá para cá, foi a Festa Vip, de Eduardo Aum, que animou a pista da boate pelo menos uma vez por ano. Em 2008, o Jota Quest usou a boate como cenário do clipe da música “La Plata”, homônimo ao disco lançado pela banda mineira naquele ano.


NA SAVASSI

Made in Minas Gerais, uma festa genuinamente mineira, já entrou para o calendário da cidade e, este ano, homenageia a Rota do Queijo de Minas. Em sua quinta edição, na Praça da Savassi, o evento será domingo, 15 de junho, a partir das 11h, no cruzamento entre as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas.

 

A lista dos 100 melhores restaurantes do Brasil, publicado anualmente pela revista Exame Casual, tem como objetivo apresentar um panorama da gastronomia do país através de endereços que se destacaram nos últimos 12 meses. Nesta edição, entraram nove restaurantes mineiros, sendo oito de Belo Horizonte e um de Tiradentes Victor Schwaner/Divulgação
Em 58º lugar, a bodega moderna Gata Gorda, da chef Bruna Martins, duplamente citada na lista, une Brasil e Espanha em uma seleção criativa de tapas Victor Schwaner/Divulgação
Em atividade há 11 anos, o Birosca, casa mais de Bruna Martins, mistura clássicos mineiros com influências do mundo todo, alcançando a 42ª posição Victor Schwarner/ Divulgação
A experiência da Degustação Guiada de Queijos Mineiros é um dos diferenciais do Trintaeum, que chegou ao 57º lugar Victor Schwaner
O único restaurante mineiro que não está em Belo Horizonte é o Tragaluz, de Tiradentes, no Campo das Vertentes, que atualmente está sob o comando do chef Felipe Rameh. Passou da 34ª para a 98ª posição nesta edição Luiza Bongir/Divulgação
Um dos mais conhecidos restaurantes de comida mineira de BH, o Xapuri, de Flávio Trombino, em 67º lugar, oferece em um ambiente de fazenda mesa farta e tradição Qu4rto Studio/Divulgação
Outro restaurante de Leo Paixão que aparece na lista, em 88º lugar, o Ninita mistura Itália e Minas Gerais em uma homenagem à bisavô do chef, Ninita Rubens Kato/Divulgação
Instalado no Mercado Novo, o Cozinha Tupis, de Henrique Gilberto, serve no balcão pratos que contam a história de Belo Horizonte. Com essa gastronomia, chegou à 60ª posição Acervo Pessoal
O restaurante mais bem colocado entre os mineiros é o Glouton, de Leo Paixão, que abocanhou o 18º lugar com uma cozinha autoral contemporânea Rubens Kato/Divulgação
Na 38ª posição, o Pacato, de Caio Soter, mostra como a cozinha mineira pode se modernizar, sem deixar de lado os ingredientes mais tradicionais, como porco, milho e verduras Victor Schwaner/Divulgação
 

 

Com programação diversa numa reunião de chefs e restaurantes, música, bate-papos, cozinha ao vivo, homenagens e produtos mineiros, o evento é uma oportunidade de viajar por Minas Gerais sem sair de Belo Horizonte. Entrada gratuita.


ROTAS

Homenageada no Made in Minas Gerais 2025, a Rota do Queijo de Minas é uma plataforma pioneira que une diversas regiões produtoras de queijo em um só lugar. Além das regiões de Araxá, Canastra, Mantiqueira de Minas e o Mercado Central, serão apresentadas as novas rotas: Entre Serras da Piedade ao Caraça e Diamantina.

 

 

Criada em 2022, por Jordane Macedo e queijeiros da Serra da Canastra, a Rota do Queijo reúne dezenas de fazendas da região, permite que as pessoas transitem pela Serra da Canastra com maior facilidade e conheçam de perto os mecanismos e a fabricação do queijo que foi eleito o melhor do mundo pelo site Taste Atlas.

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