Os termos que o futebol nos dá
Frases são criadas ou palavras são usadas para explicar situações de dentro de campo, e assim, na maioria dos casos, simplificar o entendimento do torcedor
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Os últimos dias me fizeram lembrar algumas expressões. E isso foi graças ao futebol, primeiro com a Seleção Brasileira, depois com o Cruzeiro, pois foram situações que me remeteram a frases e expressões do mundo do futebol, algumas hilárias.
A começar pelo jogo do Brasil contra a Coreia do Sul, que terminou 5 a 0. Pois é. A explicação para esse jogo, essa vitória, para mim, se resume nesta frase: “O Brasil chutou cachorro morto”.
Isso mesmo. O adversário não tem futebol, nunca teve. É uma seleção fraca, frágil. Os sul-coreanos não conseguem trocar passes, não dão três toques na bola, ninguém sabe driblar.
Pois não haveria adversário melhor que uma seleção dessas pra recuperar um futebol fraco como o que temos atualmente. E mais: serve para enganar o torcedor, que ao ver o jogo e, principalmente, o placar, é levado a pensar que está tudo bem. Não, não está. O adversário era fraco demais.
Bom, isso foi na sexta-feira (10/10). No domingo anterior (5/10), o jogo do Cruzeiro contra o Sport, o lanterna do Campeonato Brasileiro. Era um adversário para ser surrado, principalmente porque o Cruzeiro frequenta, há muito tempo, as três primeiras colocações da Série A.
Mas não. O Cruzeiro se enrolou. Deixou o adversário crescer e sair na frente. Os mineiros perderam uma série de gols. Chutes errados. Pois na véspera falei pra um amigo que este era um jogo difícil, muito difícil. E o que se resumiu numa frase: “Porco magro é que suja a água”.
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É assim no futebol. Frases são criadas ou palavras são usadas para explicar situações de dentro de campo, e assim, na maioria dos casos, simplificar o entendimento do torcedor. Senão, vejamos.
“Vou te dar uma caneta.” Não, não quer dizer que vai ganhar um presente, um objeto para escrever, mas, sim, que vai levar um drible, com a bola passando por debaixo de suas pernas. E feita a jogada, o marcador que levou o drible “fica sem pai, nem mãe”, perdidinho. É para lá de humilhante.
“Tá na banheira.” Não, o cara não está no banheiro, tomando um banho, ou relaxando. Quer dizer que ele está sozinho, bem à frente dos zagueiros. Só tem o goleiro e o gol pela frente. Isso não vale.
“Frangueiro.” O termo define aquele goleiro que falha, que leva gols fáceis, não pega bolas que poderiam ser defendidas. Pior ainda, que leva o gol por debaixo das pernas. Esse é um exemplo clássico do chamado “frango”. É quando um goleiro toma um gol a partir de um chute fraco ou facilmente defensável.
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E quando o cara tem um chute forte, daqueles que estremecem as redes ou a trave, e até machucar algum adversário com uma bolada. Pois isso é chamado de “canhão”.
“Acordar a coruja.” O termo exprime o cara que tem capacidade de colocar a bola na junção das duas traves, onde o travessão se encontra com a trave. Pois é lá onde a “coruja dorme”. Acertou o ninho.
“Bicicleta.” Quando o cara dá uma pedalada no ar e é ainda mais bonita se marcar o gol. Um espetáculo.
“Ladrão.” É o termo usado para rotular o juiz, quando este comete um erro grotesco de marcação, ainda mais se o faz repetidamente, em favor de um só time.
“Chapéu.” Outra jogada fantástica, quando você passa a bola, por cima da cabeça do seu marcador e a pega do outro lado. Mas tem de pegar a bola antes que ela caia no gramado.
“Beque da roça.” É o termo que explica aquele zagueiro que só dá chutão. Ele nunca sai jogando, só sabe isolar a bola.
“Pombo-sem-asa.” É o chute para lá de forte, que é dado bem antes do gol, ou seja, de longe.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.