Jaeci Carvalho
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Coluna do Jaeci

Cruzeiro deveria pedir árbitro de fora na semi da Copa do Brasil

Em 1981, no maior roubo da história do futebol mundial, José Roberto Wright tirou o Atlético de uma final da Copa Libertadores

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O Cruzeiro vai encarar o Corinthians numa das semifinais da Copa do Brasil, em dezembro. Mesmo faltando dois meses para o primeiro jogo, tenho uma preocupação muito grande com a arbitragem. E os motivos, todos conhecem. Entre um paulista na final, para enfrentar um carioca, já que do outro lado teremos Vasco x Fluminense, com um deles garantido na grande decisão, o que vocês acham que a Globo e a CBF querem? Seria ingenuidade a gente achar que vão querer uma final entre mineiros e cariocas. Trabalho no futebol há quase 50 anos, o acompanho há 59 anos, desde os meus 6 anos, quando meu pai me levou ao Maracanã, pela primeira vez. Sabemos muito bem quando um juiz quer minar uma equipe, segurando o jogo, invertendo faltas, consumindo os jogadores.


Na dúvida de um lance, “pró réu”, e o “réu” é sempre um time carioca ou paulista. O próprio Cruzeiro foi garfado pelo juiz, Armando Marques, em 1974, em pleno Maracanã, em uma decisão com o Vasco. Ele anulou um gol legítimo de Zé Carlos, e o Vasco acabou campeão, num dos maiores escândalos da arbitragem.


Não me lembro uma decisão em que o Corinthians tenha sido prejudicado. Ajudado sim, como foi contra o Internacional, em 2005, quando Fábio Costa cometeu pênalti, indecente, em Tinga, e o árbitro, na época, não deu a penalidade e ainda expulsou Tinga, do Inter. Muricy Ramalho seria pentacampeão brasileiro, mas esse erro crasso, não permitiu. Curiosamente, depois de vários jogos anulados pela corrupção do árbitro, Edílson Pereira de Carvalho, a competição teve vários jogos anulados, e o Corinthians foi o campeão.


Lembro do Corinthians campeão da Copa do Brasil, em cima do Brasiliense, em maio, de 2002, também com outro erro crasso da arbitragem. Então, meus amigos e minhas amigas, todo cuidado com a arbitragem será pouco. E o Cruzeiro está sendo prejudicado no Brasileirão, pois os erros dos árbitros já lhe tomaram 12 pontos. Poderia ser líder, isolado, com folga. Já o Palmeiras ganhou 15 pontos, por erros de VAR e árbitros. Outro paulista que vive sendo beneficiado.


Não vejo outra alternativa: o Cruzeiro deveria enviar, desde já, ofício à CBF, pedindo um árbitro sul-americano, que não seja brasileiro. Se os considerados melhores árbitros do Brasil são, Wilton Pereira Sampaio, Raphael Klauss e Ramon Abate Abel, é melhor o Cruzeiro se antecipar e vetar esses caras. Anderson Daronco pode ser uma opção, assim como Rafael Klein, mas, ainda assim, é arriscado. A gente não sabe que tipo de orientação um árbitro brasileiro pode receber. Chega de ver o futebol mineiro e gaúcho prejudicados. Ninguém suporta mais!


Em 1981, no maior roubo da história do futebol mundial, José Roberto Wright tirou o Atlético de uma final da Copa Libertadores, ao expulsar 5 jogadores do alvinegro, que ficou sem número suficiente para continuar a partida, pois o goleiro, João leite, simulou contusão. O doutor Elias Kalil, presidente enérgico e muito sério, mandou tirar o time de campo, no que fez muito bem. Diga-se de passagem, Zico, Júnior e cia. não têm culpa de nada. Eles queriam jogar futebol, mas Wright estava determinado a não levar a partida adiante e com transparência.


Não custa a CBF, pela lisura da competição, trazer um árbitro da Argentina, Chile ou Uruguai. O Cruzeiro foi prejudicado na Copa do Brasil pela árbitra Edna, que não marcou uma penalidade gigantesca em Kaio Jorge, no jogo contra o CRB, no Mineirão. Nem ao VAR ela quis ir. Uma vergonha. Outra péssima árbitra e autoritária ao extremo.


Faltam dois meses para o primeiro jogo, que ainda não sabemos onde será, pois o sorteio não foi realizado. Espero, de verdade, que a CBF, entidade desmoralizada e sem credibilidade, reveja sua posição e traga um árbitro de fora. Estou avisando bem antes, para depois os dirigentes do Cruzeiro não reclamarem, numa possível eliminação com erro de arbitragem. Quando há interesses de uma determinada emissora, a gente sabe o que pode acontecer.


A verdade é uma só: na bola, no time, o Corinthians não tem futebol para ganhar do Cruzeiro, mas, na arbitragem, eu não duvido jamais, e você, acredita na arbitragem brasileira, numa semifinal entre mineiros e paulistas?

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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