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Tão logo saiu a escala da arbitragem para Atlético e Cruzeiro, eu avisei, mostrei e gritei que o tal Paulo César Zanovelli não tinha a menor condição de apitar o clássico mineiro. O que esse rapaz fez foi um absurdo, um descalabro, algo jamais visto nos meus quase 50 anos trabalhando com o futebol.
No primeiro tempo, inverteu faltas, deixou de aplicar cartões, e quando o fez, escolheu a cor errada. Era para amarelo, ele puxou o vermelho. Voltou atrás, fez o gesto que estava anulando o vermelho e deu o amarelo para Kaiki. Em seguida, fez a mesma coisa com Kaio Jorge, que cometera falta na lateral. Puxou o vermelho, voltou atrás e aplicou o amarelo.
Para piorar, no segundo tempo, deu escanteio num lance em que era tiro de meta para o Cruzeiro, e o gol do Atlético saiu justamente desse escanteio que não existiu. Aí, Kaio Jorge fez o gesto de que o árbitro estava “roubando”. Alertado pelo VAR e pelo quarto árbitro, Zanovelli expulsou Lucas Romero. Enfurecido, o volante celeste partiu para cima do homem do apito, que, novamente alertado pelos assistentes, anulou o cartão para ele e expulsou o atacante. Uma vergonha, um descalabro.
Não há juiz mineiro capaz de apitar o clássico. Eles são ruins, péssimos e horríveis, sem o menor preparo, e sem personalidade nenhuma. Eu alertei, avisei, mas a diretoria do Cruzeiro não se manifestou. É preciso ser mais enérgico, pois só no Brasileirão, tomaram 14 pontos do time azul, prejuízo incalculável, que colocaria a equipe em primeiro lugar.
Por mais que a diretoria e o treinador tenham traçado a meta de chegar à Libertadores, quando você percebe que pode também levantar a taça, melhor ainda. Acho que a direção do Cruzeiro deveria tomar uma posição enérgica com relação às semifinais da Copa do Brasil, contra o Corinthians. Eu pediria um árbitro europeu ou de outro país da América do Sul, pois imagino que a Globo vá querer uma final entre um paulista e um carioca – do outro lado do chaveamento haverá Vasco x Fluminense. É preciso radicalizar e tomar uma atitude extrema, pois só na conversa com a CBF não está dando certo.
O chefe da arbitragem nacional é o tal Rodrigo Cintra, que deve ser demitido no fim do ano. Ele foi um árbitro bem ruim, e a arbitragem brasileira segue o seu padrão. Estranhei quando Rafael Klaus marcou penalidade máxima para o Bragantino no jogo contra o Palmeiras. É difícil a gente ver um árbitro contrariando Abel Ferreira e penalizando o time verde, o mais favorecido pelas arbitragens. O motivo desse “privilégio” eu desconheço.
Já passou da hora de o Cruzeiro protestar de forma veemente. Sei que o presidente Pedro Lourenço e o vice Pedro Junio são homens de diálogo, mas chega uma hora que é preciso dar um soco na mesa e mostrar o quão sua equipe está sendo prejudicada. São erros crassos, que custam uma temporada inteira.
O Cruzeiro ainda não está garantido na Copa Libertadores de 2026 e, se a arbitragem continuar a tomar pontos dele, poderá até não chegar. Estamos na reta final do Brasileiro, e somente Flamengo e Palmeiras poderão levantar a taça, já que abriram vantagem em relação aos demais. O Cruzeiro disputou a taça desde a primeira rodada, mas os árbitros tomaram dele, ao longo da competição, o direito de seguir assim até a rodada derradeira.
O futebol está dando nojo, náuseas, com erros grotescos, que, para o torcedor, são “venais”. O torcedor vive dizendo que seu time é “roubado”. Não posso afirmar isso, porque não tenho provas, e, como jornalista investigativo, o que falo eu provo, mas que está estranho, ah isso está!
Abra o olho Cruzeiro, e busque um árbitro de fora do país, ainda que você tenha que bancar os custos. A CBF e a Globo não vão querer ver o time celeste como heptacampeão da Copa do Brasil. Estou avisando desde que a gente soube que o Corinthians será o adversário do Cruzeiro nas semifinais. E do outro lado, com duas equipes cariocas, o que vocês acham que essas empresas desejam?
O nível da arbitragem brasileira é estarrecedor, uma coisa vergonhosa e nojenta. Os caras ganham R$ 40 mil por mês, se apitarem 8 jogos, para fazer lambança de Norte a Sul do país, mas, curiosamente, os mais prejudicados são os times de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Isso acontece há décadas e a gente se conforma, como se nada pudéssemos fazer. Chega! Basta!
Eu concordaria com Lucas Silva, capitão cruzeirense, se o time tivesse saído de campo tão logo o árbitro errou ao dar escanteio que não existiu e que originou o gol atleticano. Nada contra o alvinegro, que mesmo com time reserva, foi superior ao Cruzeiro, mas, naquele momento, estava 1 a 0 para o time celeste, que começou o segundo tempo com outra postura, e, com certeza, deslancharia para uma goleada.
Nosso futebol e a arbitragem estão no fundo do poço, e não há solução, a não ser que a CBF resolva investir em um centro de treinamento moderno, com palestras e instruções de árbitros europeus, pois aqui no Brasil não há nenhum em condições de mostrar o que é a regra do futebol, coisa que o tal Paulo César Zanovelli mostrou desconhecer totalmente. E foi ele o escolhido para um clássico que tem umas das maiores rivalidades do país. Está tudo errado. Abra o olho, Cruzeiro!!!
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.