Palmeiras e mais alguns clubes estão em pé de guerra com o Flamengo, porque o rubro-negro reivindica cotas maiores que os demais clubes. A liga não engrena. Hoje existem duas, a Libra e a Liga Forte União, mas nenhuma delas funciona a contento, pois há divisão entre os clubes, pela vaidade de seus dirigentes.

Quem é SAF ainda é dono do clube, os demais, são presidentes amadores, que dizem amar suas agremiações, mas, na verdade, alguns se utilizam delas. Há vários casos comprovados de desvios. O mais recente é o do Corinthians, com a deposição do ex-presidente e casos de corrupção com o cartão corporativo do clube.

A corrupção, inserida no país em vários segmentos, também existe no futebol. O que deveria ser prazer, emoção e amor, virou um negócio perigoso, onde circulam bilhões de reais, com pouco controle. Clubes contratando sem ter dinheiro, salários irreais, calote institucionalizado. É assim que a gente quer ser hexacampeão, com a CBF fatiada e sem a menor credibilidade com os torcedores?

O atual presidente, Samir Xaud, parece querer moralizar o nosso futebol, mas do jeito que ele foi eleito, a toque de caixa, por uma imposição política – e as denúncias contra quem o colocou lá são fortes –, acho difícil conseguirmos avançar.

O futebol brasileiro está contaminado, não tem mais craques e se tornou refém de um ex-jogador em atividade chamado Neymar. Um cara que nunca foi exemplo de nada, ruim de grupo, egoísta, egocêntrico, que ficou aquém do que dele se esperava. Não seria aos 34 anos, que criaria juízo e levaria o Brasil ao título.

E o técnico italiano Carlo Ancelotti me parece perdido, pois tem convocado tanto jogador limitado que a gente fica desanimado. Lucas Paquetá é um dos piores atletas que já vi. Como muito bem disse o gênio Romário: “Não serve nem para levar água aos jogadores que estão no banco de reservas”. Porém, parece intocável. É com isso que Ancelotti quer resgatar o nosso futebol?

Vi as mudanças impostas pelo novo presidente da CBF para o ano de 2026 com bons olhos e algumas restrições. A torcida não concorda com a Copa do Brasil em final única. Também não quer mais os falidos estaduais, e nem tampouco um Brasileirão de janeiro a dezembro. Acho que alguns ajustes devem ser feitos, para que realmente tenha sentido tais mudanças.

Com relação ao Mundial de 2026, não acredito no hexa, não acredito na Seleção, não acredito em Ancelotti. Ele só é o melhor técnico do mundo porque dirigiu os times mais bilionários do planeta bola. Quando dirigiu equipes sem recursos e pequenas, fracassou. Como nossa safra é a pior da história e estamos atrás de Espanha, Portugal, França, Inglaterra e outras seleções menos votadas, nada feito. Nosso fracasso será iminente.

Eu gostaria de ver um Kaká como presidente da CBF. Seria o começo de uma nova era, de gente comprometida com a verdade, sem rabo preso com federações. Aliás, entidades que só existem no futebol brasileiro, pois nos países sérios existem as Ligas e as confederações cuidam única e exclusivamente das suas seleções.

Enquanto o cargo de presidente da CBF for político, nada feito, andaremos para trás, como caranguejos. Presidentes que se hospedam em hotéis 6 estrelas, que viajam em primeira classe, tudo com o dinheiro da entidade, que é privada, mas, por representar o maior patrimônio esportivo do povo brasileiro, deve ter caráter público, realmente não têm o respeito do torcedor brasileiro.


SAUDADES, TOMÁS

Hoje é níver do meu melhor amigo da vida, Francisco Tomás, o Tomás do Parrilla, figura amada em BH, que nos deixou ano passado. Esse uruguaio mais mineiro que conheci é reverenciado por todos, pois nos recebia na sua casa, o Parrilla Del Mercado, com um sorriso e uma gentileza que nos faz perceber que ele ainda está ali. Sim, não de corpo, mas de alma, sempre estará conosco, com sua linda família, sua amada Ederci; suas filhas, Laura, Paula e Fernanda e seus netos.

Tomás foi um cara dedicado à família e aos amigos. Quantas viagens fizemos juntos, principalmente para as finais de Champions League?! Foram seis finais, e numa delas, em 2011, em Wembley, ele foi recebido por Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, no Tapete Vermelho.

Meu velho amigo, o Céu está em festa e hoje eu vou tomar uma grapa em sua homenagem. Sim, neste plano aqui, você deixou um legado gigantesco. A saudade é eterna, mas os grandes momentos vividos com você estão eternizados no meu coração e na minha memória. Nós te amamos!

 

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