A tão esperada transformação da “Rodovia da Morte” em um corredor de eficiência deu um passo técnico importante em dezembro. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu o sinal verde para que a concessionária Nova 381 inicie os estudos de viabilidade para ampliar a capacidade de um trecho crítico: os 70 quilômetros entre Governador Valadares e Belo Oriente. O objetivo é atacar gargalos logísticos e, principalmente, reduzir o índice de acidentes em uma das vias mais perigosas do estado. Não se trata apenas de asfalto novo. O trecho sob concessão é a principal artéria para o escoamento da produção de um dos maiores polos siderúrgicos do país. Ao destravar o fluxo entre Belo Horizonte e Valadares, o projeto gera um efeito cascata positivo, com conexão estratégica e melhora a integração com a BR-116, facilitando o acesso aos portos e grandes centros do Nordeste e Sudeste. Outro efeito será a redução de custos de frete e tempo de deslocamento para cargas pesadas. A agilidade nos estudos reflete o ritmo de investimentos que a Nova 381 vem imprimindo desde que assumiu o contrato em fevereiro. No primeiro ano da operação foram investidos R$ 320 milhões e a previsão é de que em 30 anos esse valor chegue a R$ 9,5 bilhões. “A decisão é resultado da sensibilidade da ANTT em buscar soluções técnicas imediatas para beneficiar os usuários da rodovia. Estamos mobilizados para entregar o estudo no prazo mais breve possível”, disse o diretor-presidente da Nova 381, Marcelo Boaventura.

 

Luiz Ribeiro/DA Press – 3/3/12

 

Força do pomar


Com um Valor Bruto de Produção de R$ 5 bilhões, a fruticultura mineira reafirma sua importância estratégica. Dados da Emater-MG mostram que 38% desse valor vêm da agricultura familiar, gerando meio milhão de empregos no estado. Para sustentar esse crescimento, o Circuito Frutificaminas encerrou o ano atualizando produtores em tecnologias de irrigação e crédito rural. Com a realização de 139 eventos em todo o estado desde a criação do Circuito Frutificaminas, apenas este ano foram capacitados para levar inovação ao campo, 125 extensionistas. “Não bastam apenas as potencialidades naturais. É preciso investir em capacitação, parcerias, políticas públicas e assistência técnica continua”, afirma o coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.


Ciência no Berço


O mercado de nutrição infantil, dominado há décadas por gigantes multinacionais e fórmulas baseadas em leite de vaca, está prestes a sofrer uma disrupção “made in Minas”. A startup Harmony Baby Nutrition, fundada pelo farmacêutico mineiro Wendel Afonso, formado pela UFMG, acaba de garantir um aporte de R$ 31 milhões do Finep-BNDES para a criação de um centro de pesquisa de ponta em Belo Horizonte. O objetivo é produzir fórmulas bioidênticas ao leite materno, utilizando tecnologia de DNA recombinante. A Harmony propõe eliminar o excesso de açúcares e ingredientes industriais, entregando uma composição que replica não apenas os nutrientes, mas as funções imunológicas do leite humano. “Estamos posicionando o país como líder global em inovação humanizada”, afirma o Wendel Afonso, CEO da Harmony. O novo centro deve iniciar operações no primeiro semestre de 2026, gerando 25 postos de trabalho, incluindo cientistas com mestrado e doutorado em nutrição infantil.


Crédito recorde


Pela primeira vez em sua história de 64 anos, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) atingiu a marca de R$ 4 bilhões em financiamentos realizados para empresas e prefeituras mineiras dentro de um único ano. Segundo o banco de fomento de Minas, o valor é 33% superior ao do ano passado. Considerando o período dos últimos cinco anos as liberações somam R$ 15 bilhões. Em 2025, o BDMG informa que os créditos chegaram para 5.200 empresas de pequeno, médio e grande porte, com 75% instaladas fora da Região Central de Minas. Apenas para o agronegócio, os créditos liberados este ano somam R$ 1,1 bilhão, volume 30% superior ao verificado no ano passado. “O resultado de 2025 é inédito e nos últimos três anos temos conseguido superar números que já eram históricos. Especialmente neste ano adotamos estratégias que se mostraram assertivas, como a redução de taxas em linhas mesmo em um período de alta de juros”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.


Otimismo em alta


O empresariado belo-horizontino respira com mais alívio neste fechamento de ano. Após oscilações, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apurado pela Fecomércio MG e CNC, retomou o patamar de satisfação em dezembro, atingindo 101 pontos. Mesmo com uma percepção crítica sobre o cenário econômico atual (onde 76,3% veem piora), o otimismo com as vendas de fim de ano, impulsionadas pelo 13º salário e promoções, foi o que garantiu a volta da confiança. O otimismo é mais acentuado nas empresas de maior porte (mais de 50 empregados), que registraram 106,5 pontos, contra 100,9 das menores. Os setores de bens semiduráveis e não duráveis lideram o otimismo (106,6 pontos), enquanto o setor de bens duráveis (como eletrodomésticos e móveis) ainda amarga o pessimismo, com 91,4 pontos.

 

 


“É comum que, ao retornar às lojas para trocar mercadorias, o consumidor acabe comprando novos itens ou complementando suas compras, o que torna o período estratégico para o varejo ampliar o faturamento”

 

 

Edesio Ferreira/EM/D.A Pres – 5/11/24

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Marcelo de Souza e Silva
Presidente da CDL/BH, sobre a expectativa de vendas no fim do ano

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