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O setor mineral foi o escolhido para inaugurar, nessa segunda-feira (22), o Projeto Eloos, iniciativa da Itatiaia e da CNN Brasil, que busca fomentar o diálogo e propor soluções concretas para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A abertura, realizada na histórica Mina de Águas Claras, da Vale, em Nova Lima, reuniu alguns dos principais nomes da mineração brasileira, além de autoridades políticas e institucionais.
Os anfitriões do encontro foram o empresário Rubens Menin (foto), presidente dos Conselhos de Administração da Itatiaia e da CNN Brasil; João Vitor Xavier, CEO da CNN Brasil e vice-presidente da Holding Itasat; e Bruno Bianchini, vice-presidente Comercial e de Marketing da Itatiaia. Juntos, receberam as autoridades e participantes, reforçando a relevância do setor para Minas Gerais e para o país.
A solenidade de abertura contou ainda com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema; do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, reforçando o peso institucional do evento.
1º Painel – Marco Regulatório: Desafios e Futuro Sustentável
Mediado pelo jornalista Márcio Gomes, o debate contou com a presença de Diego Andrade, presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados; Flávio Roscoe, presidente da Fiemg; Marília Melo, secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais; e Leonardo Guimarães, sócio-fundador da GVM Advogados.
2º Painel – Reparar para Avançar: O Desafio ESG na Mineração
Sob mediação da jornalista Edilene Lopes, reuniram-se no palco o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Paulo de Tarso Morais Filho; o CEO da Itaminas, Thiago Toscano; o CEO da Samarco, Rodrigo Vilela; o presidente do Conselho da Cedro Participações, Lucas Kallas; e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Antonio Augusto Anastasia.
3º Painel – Mineração Inteligente, Inovação e Dados
Encerrando a programação, especialistas discutiram tecnologia e inovação no setor: Victor Salles, especialista em IA da Proteus Academy; Argeu Géo Filho, VP de Operações da Itaminas; Otto Levy, diretor de Investimentos da CSN Mineração; Fernando Coura, do Conselho da Petrobras; e Rafael Bittar, vice-presidente executivo técnico da Vale.
Nova plataforma de diálogo
O Projeto Eloos nasce como uma plataforma independente, apartidária e plural, voltada para o desenvolvimento de Minas Gerais, reunindo iniciativa privada e poder público em torno de debates estratégicos. A escolha da mineração para abrir o ciclo reforça o peso do setor na economia do estado e a necessidade de alinhar sua evolução aos princípios de sustentabilidade e inovação.
“A mineração é muito importante para Minas Gerais e para o Brasil.
Ela gera e move o desenvolvimento da economia. Existe a boa mineração, que é fundamental. Eu estive na Austrália e, por lá, elestêm muito orgulho da mineração, que é muito bem feita. A Austrália e o Brasil são os dois maiores produtores de minério do mundo”
Rubens Menin
Presidente dos Conselhos de
Administração da Itatiaia e da CNN Brasi
Durante a abertura do Projeto Eloos, realizado nessa segunda-feira (22) em Nova Lima, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação do Conselho Nacional de Política Mineral, órgão responsável por definir diretrizes e políticas públicas para o setor. O colegiado será composto por 16 ministros de Estado, representantes da sociedade civil organizada e da academia, com a missão de consolidar uma mineração segura, legal, pujante e sustentável, alinhada à importância crescente do setor para a economia brasileira..
Summit Minas e Energia - LIDE Minas Gerais
Com o tema “Energia e Mineração: os rumos estratégicos da matriz brasileira”, o encontro contará com a presença de nomes de peso, entre eles: o governador Romeu Zema, o presidente da Cedro Participações, Lucas Kallas, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a secretária de Meio Ambiente, Marília Carvalho, o CEO da Itaminas, Thiago Toscano, o sócio da Galápagos Capital, Gabriel Guimarães, a diretora jurídica da Samarco, Najla Lamounier, e o CEO da Cemig, Reynaldo Passanezi, além de líderes como Fernando Coura, José Eustáquio, Bruno Caio David, Patrícia Ellen e o advogado Fábio Figueiredo, membro da Comissão Especial de Direito Minerário da OAB Federal, cuja atuação tem sido decisiva para o fortalecimento institucional e jurídico do setor.
Segundo Patrícia Leiva, presidente do LIDE Minas Gerais, o encontro reforça a missão da entidade em aproximar empresários e autoridades para a construção de agendas estratégicas que impactam diretamente o futuro do país.
O Summit será um espaço privilegiado para o debate de soluções, troca de experiências e geração de conexões de alto nível, reafirmando Minas Gerais como protagonista nas discussões sobre energia e mineração no Brasil.
Estiveram presentes representantes do Serviço Geológico do Brasil (SGB), da Agência Nacional de Mineração (ANM), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e da Associação Brasileira de Municípios Mineradores (Amig).
O tom mais contundente veio de Minas Gerais. Marco Antônio Lage, presidente da Amig e prefeito de Itabira, destacou a necessidade de política mineral robusta, capaz de conciliar exploração econômica e desenvolvimento local. “Precisamos conhecer o território, fiscalizar, regulamentar e, finalmente, garantir os legados para os territórios”, afirmou. Ele criticou a histórica insuficiência dos repasses à ANM e alertou para o avanço da mineração clandestina e da sonegação fiscal por empresas formais.
Em entrevista ao EM, Lage reforçou três pontos defendidos pela Amig em carta aberta divulgada neste mês: estruturação definitiva da ANM, criada em 2017 mas ainda sem condições adequadas de atuação; atualização do Código Minerário, em vigor desde 1967, para garantir autonomia fiscalizatória aos municípios; o aumento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Hoje em 3,5%, a alíquota é considerada insuficiente pelos municípios. “A mineração não paga ICMS nem imposto de exportação. A única receita é a Cfem, e ela não cobre as demandas de saúde, infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos territórios minerados”, criticou.
O diretor da ANM, Tasso Mendonça Júnior, reconheceu os gargalos e defendeu que o país precisa reduzir a burocracia e integrar melhor os órgãos ligados à mineração e ao meio ambiente. Defendeu ainda a criação de um sistema único de licenciamento ambiental, nos moldes do SUS, para evitar sobreposição de competências entre órgãos federais, estaduais e municipais. n
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.