A estreia do novo humorístico Aberto ao Público, da TV Globo, reacendeu um embate antigo entre a emissora e o SATED-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro). O motivo é a presença de humoristas sem registro profissional (DRT) em um formato que, apesar de conter improviso, se enquadra como obra de dramaturgia — o que, segundo a legislação brasileira, exige a regularização dos artistas envolvidos.
Estrelado por Bruna Louise e Thiago Ventura, o programa vai ao ar nas noites de domingo e segue as diretrizes tradicionais da dramaturgia: há roteiro, direção, plateia, iluminação cênica e equipe técnica especializada. Com base na Lei nº 6.533/78, que regulamenta o exercício das profissões artísticas no país, o sindicato afirma que a ausência do DRT representa uma grave infração à norma.
Em nota oficial, o SATED-RJ anunciou que irá tomar medidas judiciais contra a Globo por descumprimento da legislação vigente e violação da convenção coletiva da categoria. “Improviso não isenta registro profissional”, declarou o sindicato. “Mais uma vez, a TV Globo desrespeita a regulamentação e ignora os direitos da classe artística.”
A emissora, que acumula uma longa tradição de programas humorísticos — como Os Trapalhões, Zorra Total e Sai de Baixo —, sempre utilizou elencos com DRT regularizado. Para o sindicato, a decisão atual representa um retrocesso e um risco para a valorização da profissão artística no Brasil.
O SATED-RJ afirmou ainda que seguirá atuando na defesa do registro profissional e da categoria, com ações concretas para coibir práticas irregulares em produções televisivas. “Estaremos sempre protegendo o registro profissional”, conclui o comunicado.
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