O brasileiro está cada vez mais interessado no mercado financeiro, e busca produtos e serviços que lhe auxiliem a encontrar a renda extra. Boa parte desse contingente tem muitas dúvidas, mas uma das principais é: como contratar uma corretora?
Acontece que por mais simples que seja, como até então o brasileiro estava acostumado a aplicar dinheiro na poupança e, nesse caminho, ele apenas se relacionava com os bancos tradicionais, acessar uma corretora é um “passo novo” e, por isso, precisa ser aprendido.
Para se ter ideia da força do mercado de capitais, o número de investidores na bolsa de valores brasileira ultrapassou os 5 milhões. Só entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, o núemro de CPFs na bolsa saltou 23%.
Uma grande parte desse volume de pessoas acaba avançando sobre o mercado de capitais de maneira solitária. São os chamados investidores “sardinhas” que confiam em teses de terceiros, recebidos em canais não oficiais e correm um grande risco com isso.
Há quem prefira esse viés por não querer repassar valores que, numa operação envolvendo corretora ou bancos de investimentos, seriam necessários. O investidor tem total liberdade para isso, mas deveria adicionar esse movimento como um fator de risco a mais na operação.
Acontece que o mercado de capitais é mar aberto, enquanto muitos querem participar molhando apenas o pezinho na beira da praia. Quem age assim, acaba não participando do rali como deveria – embora pense que sim.
Esta é a razão pela qual as corretoras pedem para que seus clientes façam o teste de perfil de investidor. Para saber se eles têm propensão para entrar na água até a altura da cintura, do peito ou ir além, onde não dá pé e a corrente pode surpreender.
Tanto é assim que uma das premissas do mercado de capitais é: quanto maior o risco, maior o retorno. Essa analogia, por mais singela que seja, mostra que “molhar o pezinho” não faz parte do mercado de capitais. Existem muitos produtos totalmente seguros, mas somente profissionais podem avaliar o risco-retorno mediante cada cenário político-econômico.
Mas, como contratar uma corretora?
Antes de saber como contratar uma corretora, é importante entender como funciona uma corretora. Basicamente, ela faz a intermediação entre os investidores e o mercado financeiro, ou seja, bolsa de valores, bancos, empresas, fundos de investimento e até o governo.
Quando um consumidor entra em um shopping ou centro comercial, ele encontra ali vários produtos e serviços que podem ser do seu interesse. De igual modo, quando acessa um site comercial (e-commerce), ele também encontra ali inúmeros produtos que podem ser do seu interesse.
De certa forma, a corretora é igual, pois na plataforma que ela disponibiliza ao mercado se encontram produtos de renda fixa e de renda variável, de maneira que o cliente possa analisar, escolher e alocar recursos naquele que lhe parecer melhor.
Por isso, ao invés de ir à bolsa de valores encontrar uma ação, ele pode encontrar o mesmo ativo no home broker da corretora e, por ali mesmo, dar a ordem de compra de quantos papéis pretende adquirir.
Isso porque um ativo como uma ação por vezes é vendido por lote, então, quando ele ouve dizer que o papel da Petrobras, o PETR4, por exemplo, está cotado a R$ 30, esse valor diz respeito à unidade. Um lote costuma ser 100 ações.
Desta forma, ao dar a ordem de serviço para comprar um lote, ele irá pagar aproximadamente R$ 3 mil. Porém, ele pode comprar uma fração de uma ação, sendo esta a solução para adquirir um número de papéis bem específico.
Se ele quiser apenas 10 ações PETR3, ele precisará comprar de forma fracionada e pagará o montante correspondente a esse volume. Essa é uma operação bastante comum, embora no home broker isso não apareça, pois ali o próprio investidor digitará o tanto que deseja adquirir.
Ou seja, a corretora – e suas aplicações – facilita e muito a vida do investidor.
E quais são os produtos que uma corretora faz a intermediação?
Os produtos do mercado financeiro que uma corretora costuma comercializar são tantos quantos estão disponíveis na praça.
Via de regra, os produtos de renda fixa são poupança, CDBs e RDBs, debêntures, LCIs e LCAs, e Fundos de Investimento.
Já os produtos de renda variável são ações, fundos de ações, fundos de índice, fundos imobiliários, fundos cambiais, ouro, opções, mercado futuro etc.
Aqueles que desejam títulos do governo, como os do Tesouro Direto, podem encontrar esses produtos diretamente na corretora também.
Mas o que uma corretora faz pelo investidor?
Se você quer saber o que uma corretora faz pelo investidor, pode-se dizer que tudo o que ela disponibiliza é muito superior ao que o investidor consegue consumir. As corretoras estão nas redes sociais, no YouTube, nos portais de finanças e no e-mail de seus clientes.
Nas redes sociais elas estão sempre dando publicidade às próprias ações, sendo que algumas dessas novidades podem ser do interesse do cliente.
Já no YouTube, as corretoras, bem como as assessorias de investimentos, promovem a educação financeira com dicas, fazem os chamados morning calls, que são acompanhamentos de mercado ao vivo, entrevistas com grandes gestores e por aí vai.
De igual modo, nos portais de finanças elas costumam promover educação financeira, com artigos muito aprofundados, bem como reportar notícias relacionadas a empresas de capital aberto, para que o investidor esteja sempre atualizado sobre os ativos que compõem sua carteira.
Por fim, elas também costumam enviar diretamente ao e-mail do cliente relatórios e análises de ativos diversos, inclusive com recomendação. Esses são, talvez, os informes mais aguardados pelos investidores. É praticamente a “cereja do bolo”.
Então, como contratar uma corretora de investimento?
O primeiro passo para quem deseja contratar uma corretora é encontrar uma corretora, ou seja, para isso precisará entrar nos sites dela, olhar sua produção de análises e outros produtos. Também pode checar o ranqueamento de cada uma na Anbima ou em portais de notícias que divulgam informações desse tipo periodicamente.
Depois de encontrar a corretora de sua preferência, deverá acessar o site e encontrar algum formulário de cadastro, onde geralmente um assessor de investimentos entrará em contato para dar prosseguimento às informações.
Na sequência, deve checar o home broker e solicitar que tipo de serviço pretende consumir. Uma dica importante é contar com o auxílio de um assessor de investimentos, de maneira a expor suas preferências, bem como temores acerca do mercado, para que ele consiga traçar a melhor estratégia.
Existem corretoras independentes e corretoras ligadas a bancos de investimentos. Existem corretoras nacionais e corretoras nacionais com operação em parceria com corretoras internacionais.
Em relação ao cadastro, o investidor deverá fornecer dados pessoais como documentos e comprovante de endereço. Algumas casas também pedem a assinatura de uma ficha cadastral ou termo de adesão e contrato de intermediação.
Na sequência, o investidor precisará fazer um depósito, e esse valor de depósito dependerá de quanto se pretende investir.