Saber como montar uma reserva de emergência é o primeiro passo para começar a investir. Ela é fundamental para garantir segurança financeira, reduzir estresse, evitar dívidas, proteger contra perda de renda, ter paz de espírito e minimizar impactos financeiros de eventos imprevistos. É um investimento essencial em sua estabilidade financeira e bem-estar.
Uma reserva de emergência é uma quantia de dinheiro guardada em uma conta acessível e líquida, destinada a cobrir despesas inesperadas e urgentes. É seu colchão financeiro, projetado para mantê-lo financeiramente estável em momentos de crise, sem recorrer a empréstimos ou usar cartões de crédito caros.
Para montar sua reserva de emergência é importante bastante disciplina e um plano de ação. Confira.
Passo 1: Defina o valor que você irá investir
O primeiro passo para montar sua reserva de emergência é definir o quanto dinheiro você gostaria de ter em sua reserva?
O recomendado é equivalente a pelo menos seis a doze meses do seu custo de vida, contando suas despesas mensais, incluindo moradia, alimentação, transporte e contas, calcule esse valor.
Passo 2: Avalie suas Finanças Atuais
Antes de começar a economizar para sua reserva de emergência, é importante avaliar suas finanças atuais. Analise seu orçamento para identificar áreas onde você pode cortar despesas e aumentar suas economias. Pode ser necessário fazer ajustes temporários em seu estilo de vida para atingir seu objetivo.
Passo 3: Tenha uma conta para investir
A sua reserva de emergência deve apresentar três atributos importantes: baixo risco e alta liquidez. Aqui são algumas opções para deixar sua reserva de emergência:
Contas Digitais Remuneradas
Muitas instituições financeiras oferecem contas digitais que oferecem rendimentos vinculados à taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que acompanha a taxa de juros do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
Em alguns casos, os rendimentos podem até mesmo superar 100% do CDI. No entanto, é importante observar que esse tipo de investimento nem sempre é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), pois não é oferecido por instituições bancárias e, portanto, é considerado de alto risco.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O Certificado de Depósito Bancário (CDB), amplamente disponibilizado por diversas instituições financeiras, é outra opção segura para a formação de sua reserva de emergência.
Em caso de insolvência do banco, o FGC garante depósitos de até R$ 250 mil por Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Portanto, a instituição financeira emissora do CDB não é necessariamente o fator mais crucial. É aconselhável buscar CDBs com liquidez diária e uma rentabilidade próxima a 100% do CDI.
Lembrando que os rendimentos estão sujeitos à tributação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para resgates em prazos inferiores a 90 dias e seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR).
Fundos de Renda Fixa
Fundos de Renda Fixa com perfil conservador a moderado e alta liquidez, permitindo resgates no mesmo dia (D+0) ou no dia seguinte (D+1) após a solicitação, são altamente recomendados para a formação da reserva de emergência. De acordo com especialistas, essa escolha ajuda a garantir que o investidor não seja exposto a riscos excessivos do mercado financeiro.
Uma das principais vantagens dessas aplicações é a gestão profissional por parte de especialistas no mercado financeiro, o que pode aumentar a segurança e eficiência do investimento.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público emitido pelo governo que segue a variação da taxa Selic. Isso significa que o risco de perda para o investidor está diretamente relacionado ao risco de solvência do país.
Consideramos essa possibilidade como a mais remota entre todos os emissores de títulos de dívida.
Portanto, o Tesouro Direto é caracterizado pelo risco de crédito mais baixo no mercado, pois, em última instância, o governo tem a capacidade de imprimir moeda para cumprir com suas obrigações.
Os recursos investidos no Tesouro Selic podem ser resgatados a qualquer momento, com o valor creditado em sua conta no dia seguinte à solicitação de resgate (D+1).
Além disso, a rentabilidade do Tesouro Selic é calculada diariamente, o que significa que você verá um aumento em seu investimento a cada dia.
Passo 4: Estabeleça um Plano de Economia
Agora que você definiu seu objetivo e tem uma conta específica, é hora de criar um plano de economia.
Determine quanto você pode economizar a cada mês e estabeleça um cronograma realista para atingir sua meta. Automatize suas economias, se possível, para garantir que você não esqueça de contribuir regularmente para sua reserva de emergência.
Passo 5: Priorize sua Reserva de Emergência
Sua reserva de emergência deve ser uma prioridade financeira. Coloque-a no topo da lista de suas metas de poupar, antes de investimentos de longo prazo ou despesas discricionárias. Lembre-se de que sua segurança financeira é fundamental.
Passo 6: Evite Usar Sua Reserva para Gastos Não Emergenciais
É importante entender que sua reserva de emergência não deve ser usada para compras não emergenciais, como férias ou compras por impulso. Mantenha o foco em sua finalidade principal: ajudá-lo em situações de crise financeira.
Passo 7: Reavalie e Atualize Regularmente
À medida que sua situação financeira muda, é essencial reavaliar sua reserva de emergência. Se você tiver despesas adicionais, como um novo membro da família, pode ser necessário aumentar seu objetivo. Continue a contribuir regularmente e mantenha-se atualizado sobre seu progresso.
Montar uma reserva de emergência é uma etapa crucial para garantir a segurança financeira em sua vida. Esteja preparado para o inesperado e evite o estresse financeiro desnecessário. Siga este guia passo a passo, defina metas realistas e priorize sua reserva de emergência. Lembre-se, sua tranquilidade financeira vale cada esforço que você faz para construir essa base sólida.
Nunca subestime o poder de uma reserva de emergência bem financiada. Quando a vida lança desafios, você estará pronto para enfrentá-los com confiança e estabilidade financeira.