LUTO NAS ARTES VISUAIS

Fotógrafo mineiro Daniel Mansur morre aos 61 anos

Com quatro décadas de carreira, Mansur desenvolvia seu trabalho à frente do Stúdio Pixel. Velório ocorrerá nesta segunda (17/2), na Funeral House, às 10h

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Nome de destaque da fotografia em Minas Gerais, Daniel Mansur morreu neste domingo (16/2). O fotógrafo, de 61 anos, enfrentava um câncer. O velório será realizado na segunda-feira (17/2), das 10h às 13h, na Funeral House (Avenida Afonso Pena, 2.158). O enterro está marcado para as 13h30, no Cemitério do Bonfim.


Desde 1986, Mansur se dedicava ao mundo das imagens.  À frente do Stúdio Pixel, em BH, realizava trabalho voltado para arquitetura, moda e indústria. Em abril do ano passado, ele apresentou a exposição “Reflexos urbanos” no Parque do Palácio, no Bairro das Mangabeiras.

Imagem da exposição 'Reflexos urbanos', do fotógrafo Daniel Mansur, que morreu em 16 de fevereiro de 2025 em BH
Imagem da exposição 'Reflexos urbanos', de Daniel Mansur Daniel Mansur/divulgação

Ali, através das lentes de Mansur, podia-se ver outra Belo Horizonte. “O fato de conviver e viver na cidade acaba propiciando momentos com a câmera na mão, de você se encantar pelo instante e registrá-lo. Essa exposição tem fotos do dia a dia e até mesmo da era analógica. É um apanhado de momentos que fui colhendo, como frutos, ao longo de mais de 30 anos de carreira”, contou o fotógrafo ao Estado de Minas.


Utilizando o espelhamento de imagens, Mansur surpreendia o espectador da mostra. “No espelhamento de uma foto, a coloco lado a lado e faço uns cortes bem radicais para ficar com um grafismo abstrato. Quero que as pessoas pensem: 'De onde é isso mesmo? Eu já vi isso aqui, mas não sei definir’. Tenho essa busca por aguçar a curiosidade nas pessoas”, revelou.

'Rain forest', fotografia de Daniel Mansur, mostra árvore sob a neblina
'Rain forest', fotografia de Daniel Mansur Daniel Mansur


Em 2021, durante a pandemia, Daniel apresentou a exposição virtual “Paisagens do isolamento”, com fotos realizadas dentro de casa no período de confinamento social, para o projeto idealizado pelo Memorial Vale.


“O aspecto visual resultante dessa obra se afasta um pouco do que entendemos por fotografia, para se aproximar paradoxalmente do universo da pintura. As imagens produzidas por Daniel Mansur criam um diálogo mais próximo com artistas como, por exemplo, Mark Rothko e William Turner. Uma obra onde o espectador não encontrará as características que vinculam o signo visual à percepção da realidade”, observou Uoster Zielinski no texto de apresentação de “Paisagens do isolamento”.


“A pesquisa que o artista desenvolve amplia o debate estético que uma fotografia pode produzir, continuando pesquisas produzidas por outros fotógrafos como Jacques-Henri Lartigue, um dos pioneiros dos registros dos efeitos ópticos das fotos em movimento”, afirmou Zielinski.


Daniel Mansur deixa a mulher, a publicitária Luana Mansur, e as filhas Bárbara e Bianca.

Cantora Dona Jandira sorri e segura o violão em foto feita por Daniel Mansur
Cantora Dona Jandira pelas lentes de Daniel Mansur Daniel Mansur/divulgação

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