Rio de Janeiro - Integrantes do elenco da nova “Vale tudo”, Rejane Faria e Ricardo Teodoro são atores mineiros com trajetórias de sucesso no cinema e teatro. Cofundadora da companhia teatral Quatroloscinco, com sede em BH, Rejane fez o filme “Marte Um” e participa da novela como Marisa, amiga de Raquel (Taís Araujo) e Maria de Fátima (Bella Campos).

As cenas de Rejane foram gravadas no final do ano passado em Foz do Iguaçu, no Paraná, e nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. O convite veio do diretor artístico Paulo Silvestrini.

Rejane Faria diz que novelas lhe permitem levar à população discussões sobre temas importantes Lucas Teixeira/Globo


Ofício

Em sua segunda novela (a primeira foi “Um lugar ao sol”, 2021), a atriz mineira revela o que a encanta no gênero: a popularidade, o acesso democrático e a possibilidade de dizer para a maioria da população coisas que importam. “Para além do entretenimento, tratar de assuntos contemporâneos, incitar discussões e reflexões é parte fundamental do ofício do ator”, defende.


Rejane revela que foi intenso contracenar com Taís Araujo e Bella Campos, desenvolvendo juntas elementos para as personagens.


“Chegou um momento em que o carinho delas na ficção ficou muito real. Estávamos contando umas com as outras para a construção da relação de amizade sincera, que dura anos. No final, ficamos amigas e agradecemos pela experiência.”


Ricardo Teodoro, que conquistou o Prêmio de Ator Revelação no Festival de Cannes 2024 por seu papel no filme “Baby”, fez participações especiais em vários projetos da Globo. Porém, Olavo, o fotógrafo amigo de César Ribeiro (Cauã Reymond) no remake, é seu primeiro grande papel em novela.

O milionário clã Roitman, versão 2025: Afonso (Humberto Carrão), Celina (Malu Galli), Odete (Débora Bloch) e Heleninha (Paolla Oliveira) Fábio Rocha/Globo
Ivan está de volta na versão 2025 de 'Vale tudo', na pele do ator Renato Góes, e se apaixona por Raquel, papel de Taís Araujo Manoella Mello/Globo
Antônio Fagundes viveu Ivan, apaixonado por Raquel (Regina Duarte), na primeira versão da novela Reprodução
Carolina Dieckmann vive Leila, mãe de Bruno (Miguel Moro), no remake de 'Vale tudo'. Na primeira versão da novela, a personagem mata Odete Roitman Fábio Rocha/Globo
Em 2025, Alexandre Nero vive o empresário Marco Aurélio, cuja carreira é pautada pelo desprezo à ética Léo Rosário/Globo
Na primeira versão da novela, Reginaldo Faria interpretou o ambicioso Marco Aurélio, cuja mulher, Leila (Cassia Kis), atirou em Odete Roitman Globo/reprodução
Paolla Oliveira interpreta Heleninha Roitman, artista milionária às voltas com a depressão e a bebida, no remake de 'Vale tudo' Marcos Serra Lima/Globo
Renata Sorrah chamou a atenção como a sofrida alcoolista Heleninha na primeira versão de 'Vale tudo' Memória Globo/reprodução
Cauã Reymond interpreta o mau-caráter César, que faz qualquer coisa para subir na vida, personagem do remake de 'Vale tudo' Marcos Serra Lima/Globo
Trambiqueiro e bonitão, César quer subir na vida a qualquer custo. Carlos Alberto Riccelli viveu o personagem na novela exibida em 1988 e 1989 Globo/reprodução
Em 2025, a íntegra Raquel, papel de Taís Araujo, é negra, batalhadora e vítima das armações da filha na releitura de 'Vale tudo' Globo/divulgação
Raquel, anteriormente interpretada por Regina Duarte, é uma guia turística que quer provar que ainda vale a pena ser honesta no Brasil. Globo/divulgação
No remake de 2025, a atriz Bella Campos é Maria de Fátima, que não hesita em dar golpes na própria mãe, a quem despreza Fábio Rocha/Globo
Na primeira 'Vale tudo', a atriz Glória Pires brilhou como Maria de Fátima, garota mau-caráter decidida a tudo para ingressar no mundo dos milionários Globo/divulgação
Beatriz Segall conquistou o Brasil ao interpretar Odete Roitman na primeira versão de 'Vale tudo', exibida pela Globo em 1988 e 1989 Globo/divulgação
Débora Bloch encarna a inescrupulosa e elitista Odete Roitman, vilã à moda do século 21 que despreza o Brasil Estevam Avellar/Globo


“Estou realizando um sonho: depois de 16 anos de carreira, fazer uma novela. É um desejo enorme, mas um medo, uma ansiedade. Claro que, depois, com os ensaios e conhecendo os colegas, as coisas vão se acalmando. Vem a certeza de um trabalho em que vou me doar 100%, na torcida para que o público goste.”


Nascido em Governador Valadares e criado em São José da Safira, no Leste de Minas, Ricardo aponta coincidências entre as trajetórias dele e de “Vale tudo”.


“A novela estreou um mês antes de eu nascer. O Paulo Reis, que interpretou Olavo na versão original, tinha a mesma idade que tenho hoje, 36 anos”, comenta. “Na faculdade, estudei história da TV e vimos o impacto de 'Vale tudo'”.


Na versão de Manuela Dias, Olavo será diferente do personagem criado por Gilberto Braga. O primeiro entrou em cena a partir do capítulo 60. “Seria uma participação especial, mas ele ficou”, diz Ricardo. No remake, o fotógrafo surge já no quinto capítulo.


“Vou buscar novas camadas para Olavo. Tenho possibilidade de dar a ele camadas além do trambiqueiro”, garante Ricardo Teodoro, bacharel em teatro pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro.


Atuar ao lado de Cauã Reymond está sendo incrível. “Ele foi muito generoso comigo, conhecia minha história, me deu dicas da linguagem de televisão. Conhece muito mais do que eu. Além da atuação, falamos sobre família, anseios, desejos, perspectivas de carreira, esporte. Virou um grande amigo, que espero levar para a vida. Cauã quer que as coisas aconteçam para o César e o Olavo”, revela.

* O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Globo

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