João Batista Melo é o novo integrante da Academia Mineira de Letras
Romancista e contista belo-horizontino, de 64 anos, teve 32 votos em disputa com 15 concorrentes. É autor dos livros 'Malditas fronteiras' e 'Patagônia'
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Siga noJoão Batista Melo foi eleito nesta segunda-feira (16/6) para a cadeira nº 2 da Academia Mineira de Letras (AML), que era ocupada pelo escritor Benito Barreto, falecido em março deste ano. Ele teve 32 votos e disputou com 15 candidatos.
O novo acadêmico, de 64 anos, é autor de vários livros – muitos deles premiados. O presidente da AML, Jacyntho Lins Brandão, chamou a atenção para a carreira multifacetada de João Batista, formado em comunicação social pela UFMG.
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Brandão destacou “a produção literária cheia de talento” do novo imortal, além das incursões dele pela música e cinema.
Realismo mágico
O acadêmico Antenor Pimenta elogiou o novo colega: “O texto dele é impecável, as frases são mágicas. Ele é um menino que teve uma influência muito grande do Cortázar, do Bois, do realismo mágico e do Murilo Rubião.”
João Batista Melo é autor do romance “O veludo das lagartas verdes” (Faria e Silva/Alta Books, 2024) e de “Malditas fronteiras” (Benvirá/Saraiva, 2014), vencedor do Prêmio Cidade de Belo Horizonte (Fundação Municipal de Cultura).
Publicou os livros de contos “Descobrimentos” (Devir, 2011), “O colecionador de sombras” (Record, 2008), “Um pouco mais de swing” (Rocco, 1999), vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional, “As baleias do Saguenay” (Rocco, 1994/ Moinhos, 2019), ganhador do Prêmio Paraná e do Prêmio Cidade de Belo Horizonte, e “O inventor de estrelas” (Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1991/Editora Lê, 1992), que recebeu o Prêmio Minas de Cultura e o Prêmio Guimarães Rosa.
Também é autor dos romances “Patagônia” (Rocco, 1998), que ganhou o Prêmio Cruz e Sousa (Fundação Catarinense de Cultura), e do ensaio “Lanterna mágica: infância e cinema infantil” (Civilização Brasileira, 2011), finalista do Prêmio Jabuti.
O escritor belo-horizontino dirigiu os curtas-metragens “Sozinha com sua alma” e “Tampinha”. João Batista Melo também compõe para cinema.