MÚSICA

Plateia vibra com Caetano em BH, a 'joia rara' do Festival Sensacional

Todo de branco, ele apresenta show inteligente, dialoga com os jovens, é chamado de 'gostoso' e faz dueto com Russo Passapusso em 'Um baiana'

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Caetano Veloso já declarou: quer ficar na Bahia. “Penso que esta turnê (do disco “Meu coco”) pode ser a última que faço voando pelo mundo. Quero voltar a viver na Bahia”, publicou o cantor e compositor de Santo Amaro da Purificação nas redes sociais, em 2023.

Depois de passar por Belo Horizonte com o show ao lado da irmã Maria Bethânia, em setembro do ano passado, o baiano voltou à cidade nesta sexta-feira (27/6), para a noite de abertura do Festival Sensacional.

Às 21h, vestindo branco dos pés à cabeça, como prevê a tradição do candomblé às sextas-feiras, Caetano subiu ao palco montado no Parque Ecológico da Pampulha, onde os termômetros marcavam 19 graus. O público foi estimado em 8 mil pessoas.

Caetano apresentou um conjunto de canções pensado para dialogar com o público mais jovem que tradicionalmente frequenta o festival, equilibrando clássicos, composições recentes e faixas politizadas. As pessoas cantaram com ele “Sozinho”, “Reconvexo”, “Cajuína” e “Vaca profana”. Nesta última, a imagem de Gal Costa surgiu no telão ao fundo do palco.

Beijos do "gostoso"

A plateia não se conteve: cantou em coro, vibrou, bateu palmas e chamou Caetano de “gostoso”. O artista retribuiu com muitos beijos, mantendo o alto astral até o fim da apresentação.

Depois de “Você não me ensinou a te esquecer”, Caetano fez uma pausa e convocou: “Vamos fazer tudo pra compensar o que tá acontecendo de feio no mundo”. 

Na sequência, emendou com “Um baiana”, com participação especial de Russo Passapusso, vocalista do grupo BaianaSystem. “É uma música que ensina a não brigar, ensina a paz”, comentou Caetano sobre o trabalho do convidado. O encontro dos dois no palco foi inédito, propagandeou a organização do festival. 

Canções como “Anjos tronchos”, do disco “Meu coco” (2021), trouxeram frescor ao repertório, enquanto “Podres poderes” reafirmou a postura crítica de Caetano diante da corrupção e dos abusos de poder. Uma surpresa do repertório foi “Linha do Equador”, sucesso de Djavan. 

Não se trata de show para iniciados, nem de mero apanhado de hits. A setlist foi construída com inteligência, dialogando com diferentes gerações.

O encerramento com “Odara”, lançada em 1977 no álbum “Bicho”, resumiu o espírito da noite. No palco do Sensacional, Caetano mostrou, mais uma vez, que é joia rara – atemporal, vibrante e cada vez mais conectado com o presente.

FESTIVAL SENSACIONAL

Sábado (28/6), das 13h às 23h, com Zeca Pagodinho, Iza, BaianaSystem, Marina Sena, Evinha, Boogarins, Duquesa, Melly, Letrux, Augusta Barna, Maurício Tizumba, Forró Red Light e o projeto eletrônico mineiro Baile Room. Parque Ecológico da Pampulha (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 7.111, Pampulha). Ingressos a partir de R$ 260 (meia) e R$ 280 (ingresso social), à venda na plataforma Shotgun, com várias opções de combos. Informações: @festivalsensacional 

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