Dexter "ressuscita" em Nova York e volta a matar
Série derivada retoma a saga do "Robin Hood dos serial killers", que escapa da morte, deixa Bay Harbor e tenta resistir ao instinto psicopata
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Siga noDexter Morgan, o “Robin Hood dos serial killers”, está de volta. Desta vez, no spin-off “Dexter: Ressurreição” (Paramount+). Michael C. Hall retorna ao papel do enigmático, mórbido e carismático personagem na trama que acompanha a trajetória do matador após os acontecimentos de “New blood”, exibida em 2021 e 2022.
Dez novos episódios serão lançados semanalmente, sempre às sextas-feiras. Até o momento, três estão disponíveis.
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Preso por ser o “Açougueiro de Bay Harbor”, fugitivo da polícia de Iron Lake, baleado pelo filho Harrison e caído na neve. Foi assim que os fãs o viram pela última vez, ao final de “New blood”. Para muitos, ali acabava a vida de Dexter. Porém, o primeiro episódio do novo spin-off explica o que realmente ocorreu.
O frio de Iron Lake fez desacelerar a perda de sangue, dando tempo para médicos o socorrerem. Após 10 semanas em coma, repletas de alucinações com figuras do passado, Dexter finalmente acorda, agora como homem livre.
Angela Bishop, chefe de polícia de Iron Lake e então namorada do psicopata, assumiu a culpa pelo disparo feito pelo jovem Harrison (Jack Alcott). Alegou ter prendido Dexter em decorrência de uma briga do casal e fugiu da cidade.
Em “Ressurreição”, Dexter Morgan ainda é o mesmo: aquele homem maluco, irônico e engraçado da série original (2006 a 2013). Segue tentando resistir a seus instintos assassinos e dialoga com o próprio subconsciente, por meio da figura do falecido pai, Harry Morgan (James Remar), como uma forma de validar seus pensamentos nocivos.
Parricida
Após a visita suspeita do ex-parceiro de trabalho Angel Batista (David Zayas), Dexter foge do hospital para ir atrás do filho Harrison em Nova York. Nesta cidade, o rapaz, que acredita ser parricida, luta contra os próprios demônios.
O ator Jack Alcott consegue transmitir o medo e o arrependimento de Harrison, por meio de olhares e tremores. Briga consigo mesmo para não ser como o pai e sente culpa por ter atirado nele.
Porém, de alguma forma, aquele jovem parece seguir o mesmo caminho de Dexter, especialmente após ter aprendido com ele o “código de matança”.
Os traumas de Harrison se juntam ao espírito de “Robin Hood” herdado do pai. Após presenciar uma tentativa de estupro, o rapaz mata o abusador, logo no primeiro episódio.
Harrison segue o ritual do código paterno: mata, higieniza o local do crime, decepa o corpo em nove pedaços, colocados em sacos despachados para o lixão.
A polícia investiga o caso. Harrison é iniciante e Dexter Morgan, com certeza, daria outras instruções para o filho se livrar do corpo decepado, que é logo descoberto.
“Ressurreição” traz dois novos detetives: Claudette Wallace (Kadia Saraf) e Melvin Oliva (Dominic Fumusa). Ambos exibem habilidades quase incomuns de investigação. Agem de forma exagerada e um pouco cômica, como se vê no jeito metódico da detetive Claudette.
Em Nova York, Dexter não revela ao filho que sobreviveu. Observa o garoto de longe, pelas sombras. É mais um dos momentos em que sua psicopatia é colocada em dúvida, pois ele quer proteger Harrison, aparentando ser capaz de sentir empatia, preocupação e, talvez, amor.
Enquanto isso, um assassino de motoristas de aplicativos age em Nova York. Dexter encontra outro motivo para ficar na cidade: matar. Ainda é um serial killer – investiga, persegue e executa o assassino, apelidado de “Passageiro Sombrio”. O “Açougueiro de Bay Harbor” está em ação.
Charley
Os três primeiros episódios introduzem nova trama. Uma Thurman interpreta a misteriosa vilã chamada Charley. Ainda não se conhece bem o novo núcleo e as intenções desta mulher, mas sabe-se que ela é assassina, responde a um chefe rico e, provavelmente, perigoso.
É uma boa premissa, considerando a regra de Dexter Morgan de sempre agir sozinho. Tudo indica que agora haverá um grupo de matadores. Dexter vai trabalhar em conjunto? Vai conhecer outros assassinos e não matá-los?
Os últimos segundos do terceiro episódio deixaram a dúvida no ar. “O meu caminho só pode ser trilhado sozinho, mas quem disse que não posso conhecer alguns colegas no caminho?”, diz Dexter.
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“Dexter: Ressureição”
Dez episódios, no Paramount+. Três já estão disponíveis. Novos capítulos a cada semana, às sextas-feiras.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria