CINEMA

"Amores materialistas", o aguardado segundo filme de Celine Song, estreia

Trama sobre amor romântico tem triângulo interpretado por Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal. Longa-metragem entra em cartaz nesta quinta-feira (31/7)

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O cartaz já diz tudo. “Amores materialistas”, o novo filme da diretora Celine Song (“Vidas passadas”), é uma clássica comédia romântica, com direito a triângulo amoroso. Dakota Johnson, que interpreta a protagonista Lucy, aparece no centro da imagem, com dois pretendentes de peso em cada lado, Harry (Pedro Pascal) e John (Chris Evans).

Os dois são completos opostos. De um lado, o cara perfeito que herdou a empresa de finanças da família e mora em um apartamento de US$ 12 milhões (Harry). Do outro, o sujeito que divide uma república simples com outros dois amigos e sonha com a carreira de ator (John).
Se na maioria das comédias românticas as protagonistas trabalham com comunicação, marketing ou escrita, Lucy foge do padrão. Ela é uma casamenteira – e das boas. Na empresa onde atua, a Adore, já ajudou a formar nove casais.

A escolha da profissão não é gratuita. Celine Song trabalhou como casamenteira antes da carreira no cinema. Aceitou a vaga para ajudar a pagar o aluguel, enquanto tentava se firmar como dramaturga. Foram seis meses ouvindo histórias e lidando com exigências amorosas das mais variadas. Uma experiência que, segundo declarou, sempre quis transformar em roteiro.


Requisitos


Entre os clientes, os critérios para o par ideal chamavam a atenção, muitos deles físicos, disfarçados de outros valores. Altura, renda, idade e raça aparecem listados com naturalidade, tanto na experiência pessoal de Song quanto no longa. Os personagens são honestos até demais com o que procuram e alguns dos requisitos ganham tom irônico no filme.

Em “Vidas passadas”, indicado ao Oscar de Melhor Filme e Roteiro Original, Nora (Greta Lee) também se vê dividida entre dois amores. Celine Song é romântica assumida. Enquanto seu primeiro longa relaciona o amor com a passagem do tempo, “Amores materialistas” incorpora a cartilha das comédias românticas, mas com uma abordagem crítica.

O filme mostra a busca pelo par ideal se transformou em mercado, na era dos aplicativos e algoritmos. Na primeira cena, Lucy surge se maquiando, indício de que as aparências serão determinantes na trama.. A caminho do trabalho, ela troca olhares com um homem “apresentável”. O que para ele poderia ser um flerte, ela transforma em abordagem profissional, oferecendo seus serviços com a garantia de ter vários “matches” perfeitos.

Mais do que juntar casais, Lucy vende a ideia de que o parceiro de cada um determina o curso de sua vida. No casamento de uma de suas clientes, todos elogiam Lucy por ter juntado um casal “feito um para o outro”. A noiva, porém, tem dúvidas, e Lucy a convence com o argumento de que o noivo causa inveja na irmã, e isso já vale o esforço.

É durante a mesma festa que ela conhece Harry. Ele representa o que a empresa chama de “unicórnio”, um tipo raro, quase impossível de encontrar: inteligente, educado, charmoso, alto, rico e bonito. Lucy tenta recrutar Harry como cliente, mas ele quer investir nela, que aceita sair com ele apenas para provar que não está à altura dele e convencê-lo a entrar para a base da Adore.

Mas Harry não tem as mesmas exigências dos outros clientes. Ele tem dificuldade de se apaixonar e, no fundo, só quer alguém inteligente, confiável e com quem possa contar. Enquanto a relação com o homem dos sonhos começa a se desenvolver, John o ex-namorado reaparece. O abismo entre os dois pretendentes é evidente.

Harry tem motorista, John dirige um carro velho e não tem grana para pagar um estacionamento. Um manda flores e convida para viagens, o outro pode oferecer no máximo escuta e afeto.

Ao mesmo tempo, Lucy se frustra com o caso de Sophie, uma cliente que atende a todos os critérios objetivos, mas não tem nenhum diferencial marcante. Depois de 10 encontros fracassados, ela se torna símbolo da lógica cruel do mercado amoroso. À beira do burnout, Lucy perde a paciência com os clientes, passa a enxergar todos como infantis e se afasta da empresa por algumas semanas.

Song procura mostrar que, sim, o casamento e os relacionamentos amorosos são negócios, mas, acima de tudo, o amor ainda precisa estar presente. “Amores materialistas” talvez não tenha o impacto emocional de “Vidas passadas”, mas diverte. Afinal, como já cantava Madonna nos anos 1980, vivemos em um mundo materialista.

“AMORES MATERIALISTAS”
(EUA, 2025, 117 min.) Direção: Celine Song. Com Dakota Johnson, Pedro Pascal e Chris Evans. Estreia nesta quinta-feira (31/7), no BH, Boulevard, Cidade, Contagem, Del Rey, Diamond, Estação, Itaú, Minas, Monte Carmo, Norte, Via, Pátio e Ponteio, além do UNA Cine Belas Artes e do Centro Cultural Unimed BH Minas.

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