Projeto Série BH Instrumental traz Edu Ribeiro Trio em Santa Efigênia
No encerramento da edição 2025 do projeto, na Praça Floriano Peixoto, o evento terá ainda atração internacional e outros instrumentistas brasileiros
compartilhe
Siga no
De volta à Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia, o projeto Série BH Instrumental encerra a sua edição de 2025 e apresenta neste sábado (20/9), 17h30, Edu Ribeiro Trio, que convida o saxofonista canadense Seamus Blake, Nara Pinheiro Quarteto e Rafael Martini Trio. A discotecagem é da DJ Naroca. Baterista do Trio Corrente, que ganhou dois Grammys (2014 e 2024) como Melhor Álbum de Jazz Latino, Edu aproveita para lançar o álbum autoral “Caipora” (Blaxtream), gravado em Nova York e cujas composições são assinadas por ele, Vinícius Gomes e Noah Garabedian.
O trio, liderado pelo próprio Edu Ribeiro (bateria), conta ainda com Vinícius Gomes (guitarra) e Thiago Espírito Santo (contrabaixo), e os três se unem ao convidado Seamus Blake (sax) para trazer para o público do Projeto BH Instrumental um diálogo musical entre diferentes culturas e sotaques sonoros. A edição fará também uma homenagem ao acordeonista, pianista e compositor Célio Balona (1938 - 2025), cuja carreira ultrapassou os 70 anos.
Leia Mais
Edu revela que o trio tocará algumas faixas do seu disco “Caipora” e de outros compositores. “Mas penso que a gente sendo brasileiro e vivendo em um país no qual temos os maiores compositores do mundo, acredito que fazer um show só interpretando música autoral seja uma afronta”, diz o músico catarinense, radicado em São Paulo. “E apresentar em Minas, estado que tem Milton Nascimento e uma série de outros compositores e não tocar nada dele não faz sentido. Além do mais, ser brasileiro e na semana na qual Hermeto faleceu e não tocar nada dele, também não faz sentido.”
“Por mais que a gente goste de ser compositor e se esforce muito para fazer músicas que, de alguma maneira, entretenham e emocionem as pessoas, fazer um show só com música autoral, não sendo tão conhecido, é quase como contar uma história nova para as pessoas todos os dias”, acredita Edu. “Tenho a sensação de que quando você toca alguma coisa que é do conhecimento de todos, sem precisar ir para o lado pop, superpopular e banalizar essa coisa do inconsciente coletivo, é muito legal. E quando você toca alguma coisa que representa algo na vida de todo mundo é como dar um abraço nas pessoas.”
Edu explica que a música instrumental exige concentração e conexão. “E quando você coloca uma melodia conhecida de todos, é como se encontrasse um amigo em uma festa. Por mais que seja releitura e que você mude o arranjo, a harmonia e a estrutura rítmica, mas na hora em que a pessoa reconhece a melodia, diz, essa redundância me agrada. Falando do Hermeto, lembro-me que quando entrei para a faculdade não conhecia muito as músicas dele, porém, tinha aqueles livros do Tinhorão nos quais ele falava de redundância e me tornei fã dele.”
“Lembro-me que quando fui a um show do Hermeto, senti exatamente isso, quando ele tocou ‘Bebê’, que era a única música dele que conhecia, fiquei à vontade, foi como se recebesse um abraço”, confessa o músico. Hermeto e Balona, entre outros, são músicos que deixaram um grande legado pra gente. Vamos mesclar o repertório com músicas do meu disco ‘Caipora’, outras autorais também, e melodias de compositores que gosto. O Seamus vai tocar todas conosco, aliás, vamos tocar uma dele que é muito legal e se chama ‘A beleza que vem’. Ela é muito conhecida no meio jazzístico. Ele colocou uma em português e deve cantá-la também.”
Edu conta que o trio fez uma turnê por várias cidades brasileiras, além de Mar del Plata, no Uruguai e Buenos Aires, na Argentina, encerrando a mesma em BH. “O show está muito bonito e convido os mineiros a irem até a Praça Floriano Peixoto neste sábado (20/9). Minas é um celeiro de músicos geniais e onde tem uma música privilegiada. Vou ver se volto a BH para lançar o meu disco, que está muito bacana. Será uma honra encerrar o projeto deste ano junto com a Veredas.”
“Sou de Florianópolis, moro em São Paulo e sempre entendi que BH tem uma vida cultural muito grande”, diz o músico. “Por outro lado, sempre toquei mais aqui do que em qualquer outra capital brasileira. Então, participar um pouco da cultura da cidade é uma felicidade e uma honra pra mim”. Quanto ao Corrente, Edu diz que o trio lançou o disco “Vinte e cinco” (2025) e está cheio de planos, inclusive lançar o álbum na capital mineira.
Com o show “Tempo de vendaval”, a flautista e compositora mineira Nara Pinheiro se apresenta ao lado de Márcio Gualber (violão), Bruno Vellozo (baixo) e Paulo Fróis (bateria). Em, seguida, o pianista Rafael Martini, com sete discos lançados, se junta aos multi-instrumentistas Natália Mitre (percussão) e Paulim Sartori (bateria e baixo), interpretando composições autorais e de artistas que o influenciaram, como Letieres Leite, Léa Freire, Egberto Gismonti, Joyce e Björk.
“SÉRIE BH INSTRUMENTAL”
Neste sábado (20/9), 17h30, na Praça Floriano Peixoto, Bairro Santa Efigênia, com apresentação de Edu Ribeiro Trio, Seamus Blake, Nara Pinheiro Quarteto e Rafael Martini Trio, com discotecagem de Naroca. Evento gratuito.
Outros shows
>>> JAZZ BRASIL
Começa neste sábado (20/9) a 5ª edição do Jazz Brasil Festival. Abre o evento, às 18h, no Teatro Raul Belém Machado (Rua Leonil Prata, 53, Alípio de Melo), o Rafael de Souza Quarteto. No domingo (21/9), às 17h, será a vez de Vinicius Mendes, Ciro Belluci, Rafael Rocha e Carolina Serdeira. Ingressos a R$ 2. Na terça-feira (23/9), às 20h, no Clube de Jazz do Café com Letras, (Rua Antônio de Albuquerque, 47, Funcionários), shows com Bia Nascimento, Thamiris Cunha e Marcel Powell. Ingressos a R$ 20. Na segunda (22/9), às 14h30, na Escola de Música da UFMG (Av. Antônio Carlos, 6627, Pampulha), workshop de canto com Andrea dos Guimarães, e na terça-feira (23/9), 15h, workshop de violão com Marcel Powell, ambos com entrada franca. Ingressos no site: sympla.com.br.
>>> CANÇÃO É TUDO
Formado pelas irmãs Maria Teresa Ramos, Laura Ramos e Beatriz Ramos, o grupo No Três se apresenta neste sábado (20/9), às 20h, no Teatro Feluma (Alameda Ezequiel Dias, 275, Santa Efigênia), no show "A canção é tudo". O musical, produzido pela professora de canto Babaya Morais e dirigido por Leandro Aguiar, conta com uma banda formada por grandes amigos. O repertório oferece uma experiência enriquecedora que estimula a reflexão, a emoção e a expressão da arte e da música em suas diversas manifestações. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), no site: https://bileto.sympla.com.br/event/109911.
>>> DUDU DO CAVACO & ENTRE ELAS
O músico Dudu do Cavaco se apresenta nesta sexta-feira (19/9), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes), ao lado do grupo Entre Elas. O repertório do show “Mano convida” celebra os 14 anos do Instituto Mano Down e contará com a banda e orquestra de câmara Comarca 5.2. O Entre Elas ficou conhecido nacionalmente por causa das rodas de samba que viralizaram na internet. Recentemente, o grupo lançou o DVD “Entre Elas Ao Vivo”, que contou com as participações de Xande de Pilares e Pixote. Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada), no site sympla.com.br.