O grupo Matanza Ritual chega a BH para lançar o álbum “A vingança é meu motor” (DeckDisc, 2025). O show será realizado nesta sexta-feira (7/11), às 23h, no Mister Rock. Produzido por Rafael Ramos, o disco aposta na força da identidade sonora da banda formada por Jimmy London (vocal), Amilcar Christófaro (bateria), Felipe Andreoli (baixo) e Antonio Araujo (guitarra).


O repertório desta noite traz clássicos do Matanza original, como “Rei morto” e “Morte súbita”, além de quatro faixas do novo trabalho do Ritual, que mescla thrash metal, hardcore e country.


Criada em 1996, a banda carioca Matanza durou 22 anos e se tornou expoente do chamado country core nacional. Os ex-integrantes iniciaram dois projetos distintos em 2018: Matanza Ritual, liderado por Jimmy London, e Matanza Inc., reunindo Marco Donida, Maurício Nogueira, Dony Escobar e Jonas Cáffaro. 


London explica que Ritual é uma banda diferente. Felipe Andreoli, Amilcar Cristófaro e Antonio Araujo têm carreiras longas e de sucesso em outros grupos, comenta, referindo-se, respectivamente, a Angra, Torture Squad e Korzus.


“Quando montei a banda com eles, faria algo específico só para alguns shows, relembrando o legado do Matanza original. Porém, acabamos nos dando muito bem e decidimos iniciar outro projeto”, explica o vocalista.


“Compor com eles foi muito legal e diferente, porque nenhum de nós sabia para onde iríamos. A verdade é que a gente tem coisas que nos unem enquanto músicos, algumas interseções, mas a realidade é que cada um é de um universo bem diferente.”


Felipe Andreoli vem do prog (rock progressivo) e Cristófaro é do trash, afirma London. “Já eu sou mais do country e folk do que qualquer outra coisa.”


O Matanza original deu norte ao quarteto. “Fomos descobrindo juntos o que a gente é: o quanto era Matanza, o quanto era Ritual. Eles tocam pra caramba, a verdade é esta”, diz o vocalista.



Arsenal gigantesco



London elogia o “gigantesco arsenal musical e harmônico” dos companheiros. “A gente se encontra muito fácil tocando. As músicas foram pintando assim, com letras e bases que eu e Antonio escrevemos. Geralmente, escrevo mais as letras. Fomos levando para o estúdio e investindo de novo junto do Amilcar e do Felipe. A gente foi brincando de levar as músicas para lugares diferentes”, relembra o vocalista.


Ele avisa que o álbum “A vingança é meu motor” chegou a todas as plataformas digitais e o vinil está à venda. Até agora, saíram quatro clipes: “O paciente secreto”, “Assim vamos todos morrer”, “Nascido num dia de azar” e “Conclusão”. 


A turnê está rodando o país. “Venho fazendo isso a minha vida inteira. São 30 anos de carreira e em nenhum momento parei de excursionar. Estou o tempo todo na estrada. Não sei nem como seria minha vida sem tocar todos os fins de semana”, confessa London.


O vocalista garante: Matanza Ritual veio para ficar. “Ele nasceu como um projeto, mas acabou se firmando. Já estamos nos preparando para fazer mais discos. O mais legal é que a gente se dá muito bem, o que é importantíssimo”, conclui Jimmy London.

MATANZA RITUAL


Lançamento do álbum “A vingança é meu motor”. Nesta sexta-feira (7/11), às 23h, no Mister Rock (Avenida Tereza Cristina, 295, Prado). Ingressos de R$ 50 (meia) a R$ 140 (inteira, camarote), à venda na plataforma Sympla.

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