A música mineira se despediu de um de seus maiores ícones com o falecimento de Lô Borges na noite do último domingo (2/11). A partida dele relembrou a atemporalidade de seu legado e do Clube da Esquina, que continuam a inspirar a nova cena musical de Belo Horizonte.

Lô Borges, que lançou um disco por ano entre 2019 e 2025, já se destacava como um dos nomes mais influentes da música brasileira há décadas. O Clube da Esquina, nascido nos encontros na capital mineira no fim dos anos 1960, segue moldando a identidade de várias gerações.

Mais que um grupo musical, o Clube da Esquina foi um coletivo de amigos que revolucionou a MPB. Formado por figuras como Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges, Toninho Horta e Beto Guedes, o resultado do movimento foi uma sonoridade única, com harmonias sofisticadas e letras poéticas reconhecidas mundialmente.

Como a sonoridade do Clube sobrevive

A principal marca deixada pelo movimento é a liberdade criativa. Artistas contemporâneos absorvem essa lição ao misturar gêneros sem medo, combinando o indie rock com melodias que remetem aos arranjos vocais e de violão característicos de álbuns como “Clube da esquina”, de 1972.

As harmonias complexas e as melodias melancólicas são uma assinatura mineira que atravessa décadas. A poesia que descreve as montanhas e o céu de Minas Gerais continua sendo uma fonte de inspiração, criando uma ponte lírica entre as gerações.

O espírito colaborativo é outro pilar que se mantém firme. Assim como os músicos do Clube se reuniam para compor e tocar de forma espontânea, a cena atual de BH é marcada por parcerias e projetos coletivos. Essa cultura de cooperação fortalece o cenário musical e garante que a inovação continue a florescer, mantendo a música mineira relevante e em constante evolução.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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