Música

O ‘Baile do Magal’ desembarca amanhã em Belo Horizonte

Sidney Magal canta hits da carreira e canções de artistas que marcaram sua formação musical, como Gil e Tim Maia, neste domingo (21/12), no BeFly Minascentro

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Sidney Magal se tornou um artista popular em meados da década de 1970, a partir de quando emplacou sucessos como “Sandra Rosa Madalena”, “Meu sangue ferve por você” e “Me chama que eu vou”, que consolidaram sua imagem de “amante latino”. Mas antes, nos anos 1960, quando era pouco mais que um adolescente, ele já cantava samba-canção e Bossa Nova em boates e casas noturnas para “um público de bêbados e prostitutas”, conforme diz.

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É a esse período que o nome do show que aterrissa em Belo Horizonte neste fim de semana, “Baile do Magal”, faz referência, bem como ao conjunto de sua trajetória a partir daquele momento. O roteiro que será apresentado neste domingo (21/12), às 19h, no BeFly Minascentro, inclui seus grandes sucessos, mas também músicas de Ricky Martin, Alejandro Sanz, Rita Lee, Tim Maia, Lulu Santos e Cazuza, entre outros. “Abro o show com 'Palco', do Gilberto Gil, porque acho que a letra tem a ver comigo”, afirma.

Nascido em família de artistas, Magal começou a cantar em programas infantis de televisão. Na juventude, passou uma temporada na Europa, onde interpretou canções italianas. Ele explica que o “Baile do Magal” nasceu do desejo de ampliar seu repertório, mostrando os vários gêneros pelos quais já transitou. “Tenho uma trajetória de cantor extensa e sei que o público gosta de sucessos, das músicas que ficaram, e é isso que orienta minhas escolhas”, afirma.

Ao longo do último mês, ele se apresentou em cidades como Campo Grande (MS), João Pessoa (PB) e São Paulo, no Teatro Bradesco, onde, conforme diz, a plateia cantou todas as músicas junto. “Para uma pessoa com 60 anos de carreira, tenho uma agenda muito boa, graças a Deus, percorrendo o Brasil inteiro. Encerro meu ano em Belo Horizonte”, diz. Ele destaca que, para montar o repertório, leva em consideração, além do apelo popular das músicas, o fato de o compositor ser uma referência para ele.


Número um

"Não colocaria nunca no roteiro de um show meu um artista medíocre – e existem muitos por aí – ou que não tivesse para mim uma representação forte, em termos de ter estado presente na minha vida desde a adolescência. No show comemorativo de meus 50 anos de carreira, convidei Ney Matogrosso para cantar comigo, porque ele é o artista número um da minha predileção. A gente tem que se cercar de verdades”, diz Magal, atualmente com 76 anos.

Os elementos que incorporou da música cigana, da música latina e da disco music a partir dos anos 1970 o levaram ao posto de artista popular, mas ele reitera que nunca esteve preso a um gênero ou estilo.

“Acredito que minha imagem, até muito extrovertida para a época, tenha sido mais importante do que o repertório em si para que eu atingisse o sucesso. Tem a ver também com a maneira como conduzi minha carreira, baseada na verdade. Consegui ser respeitado como artista, independentemente do gênero”, avalia.

O rei do pop

Muitas vezes rotulado como brega, ele disse, em uma entrevista recente, que sempre soube que o Brasil um dia assumiria sua breguice. Magal afirma que nunca se preocupou com tais categorizações. “Quando me tornei popular, as pessoas tinham uma maneira preconceituosa de olhar a questão, dizendo que eu era um cantor para empregada doméstica e operário de obra”, afirma. Ele recorda que, em 2003, estampou a capa da revista “Trip”, sob o título “O rei do pop”.

A matéria repercutiu muito e lhe rendeu um convite de Jô Soares para participar de seu programa de entrevistas. “A revista era conceituada entre o público da chamada classe A. Jô me chamou dizendo que o Magal tinha deixado de ser brega para ser cult. Nesse show que fiz recentemente no Teatro Bradesco, em São Paulo, tinha garotos de 17, 18 anos sentados na primeira fila, que depois foram ao camarim me cumprimentar”, conta.

Livro, musical e filme

Ao longo dos últimos anos, Magal tem estado sob os holofotes de maneira mais intensa. Em 2017, foi lançada a biografia “Sidney Magal: muito mais que um amante latino”, de Bruna Ramos da Fonte, que gerou um musical homônimo, lançado em São Paulo em 2022.

Dois anos antes, em 2020, a cineasta Joana Mariani lançou o documentário “Me chama que eu vou”, sobre a trajetória do artista.No ano passado, vieram à luz a cinebiografia e a série “Meu sangue ferve por você”, dirigidas por Paulo Machline (a série contou com a codireção de Joana Mariani).

“Sou um grande admirador de quem se interessa pela minha vida, faz parte da vaidade profissional, então, se sou convidado para um projeto, fico muito envaidecido. O que importa é que seja feito com carinho, respeito e fidelidade ao que sou e ao que penso, mesmo que não seja sucesso de audiência ou de vendas”, diz Magal.


“BAILE DO MAGAL”


Show de Sidney Magal, neste domingo (21/12), às 19h, no BeFly Minascentro (Av. Augusto de Lima, 785, Centro). Ingressos com preços variando entre R$ 100 e R$ 360, à venda na bilheteria do teatro e na plataforma Sympla.

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