MÚSICA

Roberta Sá repassa 20 anos de carreira em ‘Tudo que cantei sou’

Cantora lança o registro audiovisual do show com o qual circulou o país neste 2025 e em que presta homenagem às mulheres compositoras

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O show “Tudo que cantei sou”, com o qual Roberta Sá circulou pelo país ao longo deste ano, comemorando seus 20 anos de carreira, acaba de ter seu registro audiovisual disponibilizado nas plataformas musicais e no YouTube.

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Gravado em setembro na Casa de Francisca, em São Paulo, sem plateia, o espetáculo traz a cantora acompanhada apenas pelos músicos Alaan Monteiro (bandolim) e Gabriel de Aquino (violão).


O registro reúne 14 canções, um recorte do show, que revisita momentos marcantes de sua discografia. “Eu sambo mesmo” (Janet de Almeida), “Cocada” (Roque Ferreira), “Pavilhão de espelhos” (Lula Queiroga), “Casa pré-fabricada” (Marcelo Camelo), “Fogo de palha” (Roberta Sá e Gilberto Gil) e “O lenço e o lençol” (Gilberto Gil) são algumas das músicas escolhidas. A ideia de transformar o show em audiovisual surgiu da boa recepção que ele teve, segundo a artista.


Ela explica que a ideia de fazer a gravação na Casa de Francisca sem plateia nasceu da confluência de alguns fatores. “Como tem uma pegada intimista, esse show foi pensado sem cenário, e a Casa de Francisca é um lugar muito lindo, então isso resolvia a questão.

Durante a pandemia, via algumas coisas gravadas lá e achava tudo muito bonito. Queríamos gravar num lugar que desse a sensação de intimidade, em que a câmera pudesse entrar no palco, então tudo se encaixou, os planetas se alinharam”, diz.


Roberta destaca, ainda, que queria uma qualidade de álbum gravado em estúdio, sem interferência da plateia. “Pretendi passar para as pessoas a sensação de que o show está acontecendo dentro da casa delas”, pontua. Ela ressalta que sempre procurou marcar suas fases com registros audiovisuais, como forma de documentar e encerrar ciclos criativos. Foi assim com “Para se ter alegria – Ao vivo no Rio” (2009), “Delírio no Circo – Ao vivo” (2016) e “Sambasá (ao vivo)” (2023).


O ciclo que “Tudo que cantei sou” encerra diz respeito ao marco de 20 anos de carreira. “Vou fazer 45 agora, lancei o 'Braseiro' (seu álbum de estreia) em 2005, quando eu tinha 25, então hoje olho para o meu passado com muito afeto, com muito amor pela minha história.

Acho que se encerra um ciclo de busca e questionamentos. Posso dizer, agora, que minha carreira existe, é sólida, e que tenho que continuar trabalhando, de forma que esse novo ciclo que se inicia é de afirmação”, diz Roberta.


Produção feminina

Um dos destaques do recém-lançado registro é um bloco dedicado à produção musical feminina, que reúne compositoras de diferentes gerações e estilos. O segmento inclui “Lavoura” (Pedro Amorim e Teresa Cristina), “Juras” (Fernando de Oliveira e Rosa Passos), “Virada” (Manu da Cuíca e Marina Irís) e “Essa confusão” (Dora Morelenbaum e Zé Ibarra). “São mulheres que me inspiram, muito musicais, com histórias de vida também inspiradoras”, comenta a cantora.


Roberta afirma que sua percepção do papel da mulher na música mudou ao longo dos anos. Ela considera emocionante ver como as palavras de Teresa Cristina continuam atuais, enquanto novas artistas, como Dora Morelenbaum, ajudam a renovar seu olhar e ampliar sua bagagem. “Eu sou outra pessoa, completamente diferente de 20 anos atrás, e o mundo também é outro. Minha consciência sobre o feminino mudou junto”, diz.


Quando começou a cantar, ela recorda que suas referências de composição eram todas masculinas – Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano, Gil. As mulheres, conforme aponta, figuravam como referência apenas de interpretação. “Fui descobrindo Dolores Duran, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Adriana Calcanhotto. Elas ainda estão num lugar de reconhecimento menor que o dos homens compositores, mas não ficam nada a dever a nenhum deles”, avalia.


Roberta toma como exemplo Rosa Passos, que assume como referência fundamental em sua formação. Ela diz que gravar “Juras” é uma forma de reconhecer a importância de uma das maiores cantoras, compositoras e violonistas do país.

“Essas mulheres representam o que eu acredito que é perene, que não é passageiro nem frívolo. São artistas com muita consistência musical, e estar próxima delas é reafirmar o lugar da mulher na música brasileiracom profundidade”, afirma.


Roberta Sá diz que o lançamento do registro de “Tudo que cantei sou” encerra um ciclo, mas o show segue na estrada, com a mesma formatação. Ela retoma sua agenda já em janeiro, com apresentações em São Paulo, no Teatro Bradesco, dia 15, e no Rio de Janeiro, no Teatro Riachuelo, dia 20.


“É a mesma história de outros trabalhos, a gente lança e excursiona para promover”, diz a cantora, acrescentando que o show de “Sambasá”, mais vibrante, com banda, também segue ativo, como uma alternativa ao intimismo de “Tudo que cantei sou”. A cantora diz que pretende entrar em estúdio no próximo ano para gravar um álbum, “se tiver tempo”.

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“Tudo que cantei sou”
• Disco de Roberta Sá
• Gravadora DeckDisc
• 14 faixas
• Disponível nas principais plataformas

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