SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A fundadora do Grupo Galpão Teuda Bara morreu nesta quinta-feira (25) aos 84 anos. O anúncio foi feito pelo grupo teatral em suas redes sociais. Famosos usaram as redes sociais para lamentar o falecimento da atriz.

Teuda Bara será velada no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a partir das 10h desta sexta (26). A atriz deixa dois filhos, André e Admar. A causa da morte não foi divulgada.

A atriz Débora Lamm publicou um conjunto de fotos com Teuda e lamentou: "Nossa Teudinha!! A saudade já transborda."

 


Antonio Grassi, ator e primo da atriz, afirmou sentir uma "uma tristeza imensa" com a morte da prima. "Teuda começou no teatro comigo, na peça Viva Olégario, em Belo Horizonte -- um dos seus primeiros trabalhos. Dali em diante, construiu uma trajetória luminosa, marcada pela inteligência cênica, pela coragem e por uma presença absolutamente única. Sua risada, seu humor afiado, sua generosidade em cena e fora dela jamais serão substituídos. Teuda é dessas artistas que não passam: ficam. Ficam na memória, no afeto, na história do nosso teatro. Muito triste. Mas profundamente grato por tudo o que ela nos deixou." 

O ator Kiko Mascarenhas também deixou uma mensagem. "Hoje Teuda Bara encantou-se. Partiu levando todo o amor e a admiração daqueles que tiveram a sorte de conviver com ela, de assisti-la em cena. Uma artista inesquecível! Meu abraço carinhoso aos muitos amigos, familiares e aos companheiros do @grupogalpao #descanseempaz."

O anúncio da morte de Teuda foi feito pelo Grupo Galpão nas redes sociais. Na publicação, o ator Matheus Nachtergaele escreveu: "meus sentimentos mais profundos". O cantor Chico César também lamentou a morte da atriz: "meus sentimentos, amigos. Recebam meu abraço." Já Débora Falabella comentou: "Teuda, tão amada!".

Debora Bloch, Alexandre Nero, Mel Lisboa, Patrícia Pillar e Samuel Rosa também prestaram condolências e lamentaram a morte da atriz.

Teuda deixa os filhos André e Admar. Em 2016, a atriz foi homenageada com a biografia "Comunista demais para ser chacrete" (Editora Javali), escrita por João Santos. Beto Novaes/EM/D.A Press
No início dos anos 2000, a atriz foi convidada pelo diretor Robert Lepage para participar do espetáculo "K.Á.", do Cirque du Soleil. Na época, ela saiu do Brasil e viveu entre Montreal, no Canadá, e Las Vegas, nos EUA, cidade onde era apresentado o show. Rafa Marques/Reprodução
Em 1987, Teuda Bara foi uma das integrantes do Grupo Galpão a participar da intervenção artística "Queremos praia", realizada pelo coletivo no centro de BH, em prol da ocupação da cidade. Eugenio Sávio/Reprodução
A belo-horizontina Teuda Bara, de 84 anos, nasceu Teuda Magalhães Fernandes. Foi atriz, trabalhou em teatro, cinema e televisão e, ainda, foi uma das fundadoras do Grupo Galpão. Luiza Palhares/Divulgação
Em outubro de 2011,Teuda Bara e Selton Mello estiveram presentes na pré-estreia de "O palhaço", no Pátio Savassi, em Belo Horizonte. Eugenio Gurgel/ Esp EM/D.A. Press.
A atriz foi homenageada com dois painéis em Belo Horizonte. A primeira vez, em 2017, veio em comemoração aos 120 anos da capital mineira. O desenho foi apagado e refeito em 2021 pelo coletivo Minas de Minas. Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Na televisão, Teuda participou da novela da TV Globo "Meu pedacinho de chão" (2014), de Luiz Fernando Carvalho, interpretando a personagem Mãe Benta. Além disso, fez parte da série "A vila", com o humorista Paulo Gustavo (1978-2021). Renato Rocha Miranda/TV Globo -
Desde o início da companhia mineira, em 1981, Teuda atuou na maioria dos espetáculos. Neste ano, a peça "Doida" (foto), na qual a atriz divide a cena com o filho Admar Fernandes, completou 10 anos. Fernanda Abdo/Divulgacao.
Teuda também fez diversos filmes. A atriz participou do longa "O palhaço" (2011), dirigido e protagonizado por Selton Mello, interpretando a Dona Zaira, integrante da trupe do Circo Esperança. Imagem Filmes/Divulgacao
Teuda Bara ainda participou dos filmes "As duas Irenes" (foto), de Fábio Meira, que representou o Brasil no Festival de Berlim em 2017, além de "La playa D.C", de Juan Andrés Arango, "Órfãs da rainha", de Elza Cataldo, e "Ângela", da cineasta mineira Marília Nogueira. Vitrine Filmes/Divulgacao

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Nascida em Belo Horizonte, a atriz fundou o Grupo Galpão ao lado dos colegas Fernando Linares, Antonio Edson, Eduardo Moreira e Wanda Fernandes. Sua carreira foi marcada pela versatilidade e a veia cômica de seus personagens, inspirados no popular e na dramaturgia clássica.

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