sem polarização

Fecomércio defende pacificação política para beneficiar o setor produtivo

Federação recebe o ex-presidente Michel Temer para debater a necessidade de um cenário estável para a boa atuação do setor produtivo

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A Fecomércio MG (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais) organizou um evento nesta sexta-feira (19/9), em Belo Horizonte, para debater a necessidade de uma pacificação política para o bom desempenho de todos os setores da economia.

Nadim Donato, presidente da Fecomércio, pontuou que o setor precisa de um momento de tranquilidade, uma vez que os extremos não interessam ao comércio. Para ele, o país precisa se unir, independente dos partidos.

“Nós precisamos de tranquilidade para, no próximo ano, dar sequência com um governo de sucesso, mudar o país e acabar com essa disputa de polos opostos. Nós precisamos de tranquilidade. Por quê? Porque nós somos o setor produtivo, nós precisamos trabalhar e precisamos da ajuda dos governos para trabalhar. Isso é o mais importante para a gente”, explicou Nadim Donato.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi convidado para proferir a palestra "Perspectivas Políticas e Estabilidade Democrática e seus Reflexos para o Empresariado". Ele ponderou que a radicalização tem prejudicado o povo brasileiro com o que ele chamou de angústias dos últimos tempos.

“Quanto maior o número de investimentos nacionais ou estrangeiros no país, melhor. E você precisa ter tranquilidade, segurança. Às vezes eu vou fazer palestra aí fora e sou obrigado a confessar que, de vez em quando, vem a pergunta: ‘Olha, nós queremos investir lá, mas estamos preocupados com a instabilidade política e social’. Eu acho que nós vamos caminhar muito rapidamente, muito celeremente, para uma estabilidade social e política”, declarou Temer.

O ex-presidente considera que esse cenário pacífico vai ajudar muito todo o setor produtivo do país. “O agronegócio, por exemplo, sempre foi um sustentáculo do PIB. Mas ele é sustentáculo porque gera a comercialização de produtos e industrialização. Você abre um negócio e compra máquinas. E alguém comercializa essas máquinas. Você vê que é uma cadeia que pode ser levada adiante. Eu tenho muito otimismo em relação ao nosso país”, opinou.

Temer disse que foi procurado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), para ajudar no “trabalho de pacificação do país” por meio do PL da Dosimetria, que tende a substituir o PL da Anistia.

O ex-presidente defendeu um pacto republicano para amenizar as condenações dos manifestantes do 8 de janeiro e dos acusados pela tentativa de golpe de Estado. Segundo Temer, a ideia de uma anistia que vem sendo discutida pelo Congresso Nacional iria esbarrar no Supremo Tribunal Federal (STF) e contribuir para intensificar ainda mais a polarização no país.

Outro convidado para esse debate foi o governador Romeu Zema (Novo), que considera negativo o impacto da polarização política no setor produtivo. Zema comparou a polarização com a briga entre sócios de uma empresa ou entre pai e mãe numa família: "Os filhos ganham ou perdem com isso?”, perguntou, para, em seguida, responder que esse tipo de postura só causa danos e que algo semelhante está acontecendo com o país. “Nós, de Minas Gerais, sempre fomos um povo mais conciliador e aberto ao diálogo”, frisou.

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O presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), José Roberto Tadros, elogiou o sistema democrático e criticou todas as formas de ditadura. “O mundo caminha para o centro. Ora vai para a centro-direita, ora para a centro-esquerda”, analisou.

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