Mercado Livre quer operar como intermediário na venda de medicamentos
Empresa pretende adotar modelo de venda indireta e nega ter omitido informações ao Cade
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Após dizer ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que não pretende entrar no varejo de medicamentos online, o Mercado Livre afirmou à coluna que pretende atuar no mercado farmacêutico, mas de outro modo: por meio de venda indireta.
Nesse modelo, a companhia apenas conectaria farmácias licenciadas a consumidores. O formato já é usado pelo Mercado Livre em países como México e Argentina.
A afirmação da empresa ao Cade veio depois de um alerta feito à autarquia pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A entidade acusou o Mercado Livre de omitir informações sobre a compra de uma farmácia em São Paulo. A Abrafarma alegava que, com a aquisição, a companhia tentou mascarar interesses de ingressar no varejo farmacêutico, setor restrito a farmácias licenciadas pela Anvisa.
Em nota enviada à coluna, o Mercado Livre negou intenção de vender medicamentos diretamente ou de atuar em telemedicina. Disse que o objetivo é “aprofundar o entendimento do setor”.