Programa facilitará acesso à casa própria de até R$ 2,5 milhões
Mudanças no uso de recursos da poupança para o crédito imobiliário, que entram em vigor integralmente em 2027, visam aumentar o acesso ao crédito para imóveis de até R$ 2,5 milhões
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta sexta-feira (10/10) mudanças nas regras da poupança para aumentar o crédito imobiliário, para a casa própria, voltado para a classe média. A medida, segundo o governo, vai facilitar o acesso a financiamentos com taxas de juros menores para imóveis de até R$ 2,5 milhões.
Segundo o petista, as mudanças miram famílias que ganham a partir de R$ 12 mil e querem “uma casinha um pouco melhor” e mais próxima do local onde já vivem ou trabalham.
“Esse programa foi feito pensando em dar àqueles que ainda não têm o direito de ter sua casinha um pouco melhor. Ele não quer uma casa de 40 m², quer uma de 70 m², 80 m². Ele não quer morar nos 'cafundós do Judas', quer em um lugar mais próximo de onde está habituado a morar”, disse o presidente.
O anúncio ocorreu em um centro de convenções em São Paulo (SP), com as presenças do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jader Filho (Cidades) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), bem como dos presidentes do Banco Central, Gabriel Galípolo, e da Caixa Econômica, Carlos Vieira.
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Liberação de recursos da poupança
Com a medida, o objetivo do governo é aumentar o crédito imobiliário disponível no mercado, beneficiando principalmente a classe média, com renda familiar acima dos R$ 12 mil — além do setor da construção civil. Os recursos da poupança serão liberados gradualmente, aumentando o volume disponível para o financiamento de imóveis.
O valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) será aumentado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,5 milhões. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, o novo modelo criará apenas na Caixa Econômica Federal 80 mil novos financiamentos, com juros de até 12% ao ano.
Atualmente, 65% dos recursos da poupança são aplicados obrigatoriamente no crédito imobiliário. Já 20% ficam retidos pelo Banco Central, os chamados depósitos compulsórios, e 15% são de aplicação livre.
O período de transição começará ainda neste ano, com redução dos depósitos compulsórios para 15%, depois para 5%, até finalmente serem extintos tanto os compulsórios quanto os 65% aplicados obrigatoriamente no crédito imobiliário.
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Quando o novo modelo estiver totalmente em vigor, o que é esperado para 2027, a poupança será maximizada com fonte de financiamento. Quando mais recursos forem depositados na poupança, mais crédito será disponibilizado para o financiamento imobiliário.